Com a chegada da PEC 32/2020 no Congresso, o SinpecPF reforçou a atuação parlamentar para garantir que a categoria preserve sua estabilidade e vínculo com a Polícia Federal. Entre os primeiros aliados nessa empreitada está o deputado Sanderson (PSL/RS), que fez carreira como escrivão da PF e que exercia a vice-liderança do governo na Câmara até meados de agosto.

“A PF precisa de uma carreira administrativa própria. Não dá para conceber servidores de um ‘carreirão’ genérico tendo acesso às informações confidenciais hoje manejadas pelo PECPF”, sentenciou o deputado. Para evitar que isso ocorra, Sanderson quer que a categoria seja inserida no rol de carreiras típicas de estado.

A estratégia para conseguir isso já está definida. Sanderson pretende agendar um encontro com o secretário de Gestão e Desempenho de Pessoal do Ministério da Economia, Wagner Lenhart, para explicar porque a PF não pode abrir mão de uma carreira de apoio própria. “Estou com vocês e vamos cobrar isso. Se for preciso, buscaremos interlocução com o próprio ministro Paulo Guedes ou mesmo com o presidente Bolsonaro”, garantiu.

Além de prestar suporte em operações policiais, o PECPF desempenha hoje atribuições finalísticas em áreas cuja fiscalização e controle são de competência da Polícia Federal, tais como Imigração, Registro de Armas, Segurança Privada e Produtos Químicos. Tratam-se de atividades indelegáveis de segurança pública, sem qualquer paralelo com a iniciativa privada. “Queremos regulamentar essa atuação o mais rápido possível, para facilitar nossa inserção entre as carreiras típicas de estado”, destacou o presidente do SinpecPF, João Luis Rodrigues Nunes. Sanderson se comprometeu a tratar da questão com a Polícia Federal e o Ministério da Economia.