Com este lema, que remete aos seus tempos de militância na UNE, a representante do SINPECPF no Rio Grande do Sul, Cleuza Menezes, conclamou todos aqueles que compareceram à Assembléia Geral Extraordinária do SINPECPF, realizada na terça-feira, dia 7, a tomarem o microfone para protestar contra as arbitrariedades impetradas pela atual gestão da PF, em especial contra o remanejamento sem critérios que vem sendo promovido na instituição.

Naquele instante estava criado o “Centro democrático”, em referência ao famoso ponto de manifestações gaúcho conhecido como “Esquina democrática”, localizado em Porto Alegre. Durante uma hora e meia, a fachada do edifício sede da Polícia Federal serviu como palco para desabafos e reclamações sobre os sucessivos desmandos advindos do da Gestão de Pessoal da PF.

Entre os testemunhos, relatos de profissionais do Simed, que revelaram o quanto o atual remanejamento tem sido prejudicial à saúde dos servidores. A preocupação com a possibilidade de serem remanejados, sem que haja critérios claros para tanto, tem aumentado o nível de estresse de diversos servidores da Polícia Federal, que acabam adoecendo. Para os profissionais de saúde, uma instituição que não se preocupa com a saúde de seu capital humano não está colaborando para melhorar o clima organizacional da casa.

Diversos servidores protestaram contra a falta de transparência do remanejamento. Na opinião deles, o departamento age na surdina, evitando enfrentar diretamente profissionais que tenham argumentos para refutar os critérios arbitrários alegados para a remoção.

Por fim, servidores apresentaram um questionário que vem sendo aplicado aos profissionais do órgão pela Fundação Universa. O objetivo dele é mensurar como anda o clima organizacional dentro da corporação. A julgar pela quantidade de manifestações vistas, é fácil perceber a desnecessidade de se contratar uma consultoria externa para tanto.