A Comissão Financeira de Mobilização (CFM), aprovada na Assembléia Nacional Extraordinária do dia 17 de abril, esteve reunida no SINPECPF na tarde de hoje, 20, para analisar a situação financeira do Sindicato. Diante dos balancetes contábeis apresentados, pôde-se constatar que toda a receita recebida pelo Sindicato é toda comprometida com as atividades operacionais do SINPECPF. “Ficou claro para nós que, neste instante, o Sindicato não dispõe de recursos suficientes para sustentar os custos de uma mobilização nacional da categoria devido à baixa sindicalização”, afirmou Gil Hovan Braz (CTI/DF), membro da CFM.  

A partir da apresentação dos dados, foi definido, então, que o Fundo de Mobilização será formado por meio de uma cota extra no valor fixo de R$ 10,00 (dez reais) pelos próximos quatro meses, como forma de reforçar as finanças do SINPECPF nos momentos de mobilização, paralisação e greve. De acordo com a Comissão, os recursos terão fins específicos e a prestação de contas será feita em separado. Também foi definido em reunião que a taxa para o Fundo será descontada em Folha de Pagamento. Além disso, foi acordado que 80% dos recursos ficarão nos Estados e que os valores serão proporcionais ao número de filiados de cada Estado. “Em hipótese alguma será aceita a utilização destes recursos para custear a atividade operacional do SINPECPF. Todo o recurso só poderá ser aplicado no custeio específico da mobilização da categoria”, enfatizou Abimael Costa, membro da Comissão.

De uma categoria composta de 4.446 servidores, apenas 1.796 são filiados ao Sindicato. Conforme constatado em reunião da CFM, o SINPECPF não dispõe de recursos necessários para arcar com gastos estratégicos e importantes – na iminência de uma greve geral da categoria –. “As paralisações são normalmente dispendiosas e para intensificarmos a pressão junto ao Governo, vislumbramos como alternativa a criação do Fundo de Mobilização para deliberação em assembléia nacional”, ressaltou Marcelo Arrais, membro da CFM. De acordo com os membros da CFM, a criação do Fundo de Mobilização auxiliará no momento em que existe a reivindicação do encaminhamento do projeto de reestruturação do  PECPF para o Congresso Nacional. Além disso, o projeto inclui a luta pelo fim das terceirizações irregulares e o combate aos desvios de funções dentro do órgão.

Para maior transparência, a prestação de contas será feita mensalmente de forma a evidenciar os gastos com as atividades relacionadas à greve e divulgada juntamente com a situação financeira do Fundo no site do SINPECPF.

Comunicação Social do SINPECPF
Foto: Socorro Viana.