O SinpecPF esteve ontem (5) no gabinete da deputada federal Alê Silva (PSL/MG) para defender que a PF siga contando com uma carreira própria para o suporte à atividade policial — mesmo caso a reforma administrativa se concretize. Conforme destacado pelo sindicato, é temerário pensar que o suporte prestado em operações como a “Lava-Jato” possa ser terceirizado, assim como não faz sentido incumbir a servidores genéricos tarefas de fiscalização e de controle, vitais para a segurança pública.

A possibilidade de que a categoria tenha seu salário reduzido em até 25% — mediante redução de jornada, proposta constante na PEC 186/2019 —, também foi discutida no encontro. O sindicato defende que a medida não alcance os servidores da área de segurança pública. “Será que a população aceitaria perder ficar 25% mais insegura? Na prática, é isso que irá acontecer”, pontuou o presidente João Luis.

O sindicato destacou que cerca de um terço da categoria está hoje apta a se aposentar e que a redução salarial aceleraria esse processo. Sem contar com mão de obra administrativa qualificada, a PF seria obrigada de aumentar ainda mais o contingente de policiais desviados para funções administrativas. “É algo que vai na contramão das prioridades do governo”, frisou o diretor jurídico, Cícero Radimarque.

Com bom trânsito junto ao Ministério da Economia, Alê Silva se comprometeu a servir de ponte entre o sindicato e o Governo Federal no diálogo sobre a valorização dos servidores administrativos da PF. Para a deputada, os órgãos de segurança precisam ser fortalecidos. “Temos de buscar o melhor para a PF para que o órgão siga sendo referência”, pontuou.