O SinpecPF decidiu reforçar a atuação parlamentar para proteger a carreira administrativa da Polícia Federal da Reforma Administrativa almejada pelo Governo Federal. A estratégia do sindicato é pluripartidária, abrangendo diálogo com parlamentares da base governista e da oposição.

Na segunda-feira (14), o sindicato conversou com o deputado Major Vitor Hugo (PSL/GO), que até meados de agosto exercia a liderança do governo na Câmara. O foco da conversa foi convencer o parlamentar de que a categoria administrativa exerce atividades finalísticas e de suporte direto à segurança pública, não podendo, portanto, perder a estabilidade ou ser desvinculada da Polícia Federal.

“Somos responsáveis por boa parte das ações de fiscalização e de controle da PF, atividades típicas de estado, como imigração, controle e registro de armas e de empresas de segurança privada e o controle de entrada de produtos químicos”, frisou o presidente do SinpecPF, João Luis Rodrigues Nunes. “Além disso, alimentamos bancos de dados sensíveis e prestamos suportes em operações sigilosas. Não é possível terceirizar nossas tarefas, tampouco seria econômico designá-las para policiais”, completou.

Para o Major Vitor Hugo, as colocações do sindicato são bastante sensatas e devem ser levadas em consideração pelo governo na hora de definir quais carreiras são típicas de estado. “Peço que me forneçam todos os subsídios possíveis para que eu possa ajudar nesse debate na base governista”, destacou o parlamentar.

*Atuação junto à oposição —* Por meio da Pública – Central do Servidor, o SinpecPF também está dialogando com lideranças da oposição. Também na segunda-feira (14), o sindicato acompanhou Plenária Nacional que contou com a participação de diversos deputados. O foco do debate foi a necessidade de proteger o funcionalismo dos efeitos nocivos da Reforma Administrativa, chamada de “farsa” pelos participantes.

Vale lembrar que o sindicato decidiu atuar em duas frentes na luta contra a Reforma Administrativa: 1) conjuntamente às demais entidades do serviço público no sentido de rechaçar as mudanças; 2) individualmente, no sentido de fazer com que a categoria seja reconhecida como típica de estado por exercer atribuições de fiscalização e de controle.

Além de participar dos debates da Pública, o SinpecPF está atento às movimentações das outras centrais e do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe). No momento, as entidades começam a desenhar um calendário de manifestações para o mês de outubro.