BRASÍLIA – A Polícia Federal de Cuiabá confirmou para a manhã desta terça-feira uma acareação entre os quatro suspeitos de tentar negociar documentos que envolveriam políticos nas fraudes da compra superfaturada de ambulâncias. São eles: o ex-agente da PF Gedimar Pereira Passos e o filiado ao PT Valdebran Padilha, que seriam os compradores de imagens, além do empresário Luiz Antonio Vedoin e seu tio Paulo Roberto Trevisan, que embarcaria de Cuiabá para São Paulo para vender o material.

Na sexta-feira, a PF apreendeu imagens de vídeo, uma agenda e fotografias que poderiam envolver políticos no esquema de compra superfaturada. A prisão temporária dos quatro vence amanhã. Caso seja necessário, o Ministério Público pode pedir novamente a prisão preventiva para os acusados.

As imagens do dossiê mostravam uma solenidade de entrega de 40 ambulâncias em que apareceriam o candidato ao governo do estado de São Paulo José Serra (PSDB-SP), os deputados Lino Rossi (PP-MT) e Pedro Henry (PP-MT), o ex-governador Dante de Oliveira e o candidato ao governo de Mato Grosso Antero Paes de Barros (PSDB-MT).

Após os depoimentos dos dois detidos em São Paulo, a PF confirmou que um deles acusou o integrante da Secretaria Particular do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o assessor Freud Godoy, de intermediar a compra. Godoy compareceu à superintendência da Polícia Federal em São Paulo e negou as acusações.

A Polícia Federal fez uma acareação entre o assessor da Presidência e o ex-agente da PF. Segundo o advogado, Gedimar não quis se pronunciar nem confirmar qualquer acusação sob a justificativa que não teria tido acesso ao inquérito. Na seqüência, o advogado ironizou os depoimentos contra Freud. “As acusações muito mais se assemelham a de uma pessoa desesperada que está presa em uma situação difícil e procura aprontar com outras pessoas.”

Agência Brasil