Dinheiro foi apreendido dia 15 passado com petistas, mas até hoje investigadores não conhecem procedência

A Polícia Federal espera saber até o dia 20 deste mês pelo menos a origem de parte dos US$248 mil apreendidos com os petistas Gedimar Passos e Valdebran Padilha no hotel Ibis, em São Paulo. A PF ou o Ministério Público Federal também estudam pedir a prisão de Hamilton Lacerda, um dos ex-coordenadores da campanha do senador Aloizio Mercadante (PT) ao governo de São Paulo.

Lacerda aparece pelo menos duas vezes, nas imagens do circuito interno de televisão, entrando no hotel. Nas duas visitas, acreditam os investigadores, levou dinheiro. Em pelo menos uma delas, há o testemunho de Valdebran de que a maleta carregada por ele é a mesma na qual mais tarde surgiu o dinheiro levado por Gedimar. Na outra, por carregar uma mala menor, os investigadores acreditam que ele levava os dólares.

As notas americanas fazem parte do R$1,7 milhão que seria entregue ao empresário Luiz Antônio Vedoin em troca do dossiê contra tucanos.

Além de Gedimar, que trabalhava para o comitê de Lula, o ex-chefe do serviço de inteligência do partido, Jorge Lorenzetti, churrasqueiro do presidente; o ex-assessor da campanha de Lula Osvaldo Bargas; o ex-diretor do Banco do Brasil Expedito Filho; e o ex-assessor especial da Presidência Freud Godoy estão sob investigação.

O delegado federal Diógenes Curado Filho, responsável pelas investigações, aposta no cruzamento dos dados obtidos pela PF com autorização da Justiça para chegar aos responsáveis pela retirada dos dólares no Banco Sofisa. A PF já descobriu que parte das notas americanas apreendidas com os petistas saiu do banco. Agora, tenta percorrer o caminho inverso: rastreia em quais das 20 corretoras e casas de câmbio, pelas quais foi distribuído um lote de US$15 milhões saído do banco, os dólares apreendidos depois com Valdebran foram sacados.

O caminho mais curto para chegar a essa informação

O Globo