A greve dos servidores administrativos da Polícia Federal (PF) chegou ontem ao 17º dia, e até agora as reivindicações da categoria ainda não foram atendidas pelo governo federal. Mais uma reunião entre representantes da classe e governistas foi realizada na última quarta-feira, porém, sem grande sucesso.

De acordo com o representante regional do Sindicato Nacional do Plano Especial de Cargos da PF (Sinpecpf), José Airton, o governo tem sentado para negociar, mas as propostas não condizem com os anseios da categoria.

“Os governistas apresentaram uma tabela, porém, muito distante daquilo que esperávamos e também do que já tinha sido negociado anteriormente, então não aceitamos a proposta, continuando assim o impasse”, frisou Airton.

Ele diz ainda que a principal reivindicação da categoria continua sendo a reestruturação do Plano Especial de Cargos PF. “Essa reestruturação engloba a mudança de cargos atuais para técnicos de Polícia Federal – no nível intermediário –, e analista da PF para quem já tem nível superior. Outro ponto é a recomposição da tabela remuneratória justa, pois os nossos atuais salários estão defasados, enquanto os policiais tiveram o plano aprovado pelo governo federal”, explicou José.

Cerca de 3,5 mil funcionários da PF aderiram ao movimento de greve em todo o país. No Acre, 39 servidores do órgão estão com os braços cruzados.

Segundo os grevistas, a paralisação prejudica todo o trabalho da PF. Serviços de protocolo, contratos, departamento financeiro e transporte estão suspensos. A expedição de passaportes vem sendo mantida.

Whilley Araújo do Página 20