“Informação é poder”, assegura antigo chavão popular. Formulada décadas atrás, a máxima que servia de estímulo para a busca pelo conhecimento ganhou status de mantra na atual “Era da Informação” — especialmente para um órgão como a Polícia Federal, que tem na informação a matéria-prima de seu trabalho.

Com as recentes revoluções na área da tecnologia informacional, a PF passou a ter acesso a uma infinidade de dados, podendo com eles assegurar o sucesso de investigações e formular ações preventivas de segurança. Mas todo esse aparato tecnológico não teria serventia alguma se não fosse operado por profissionais altamente capacitados. É o caso do agente de telecomunicações e eletricidade Luciano Castilho Assumpção, nosso Servidor em Foco da vez.

Formado em Tecnologia da Informação e próximo de concluir um mestrado, Luciano tem se notabilizado pela pesquisa na área de gestão da segurança da informação, já tendo concluído uma pós-graduação na área. O amplo conhecimento sobre o tema rendeu convite para o “I Workshop de Ciência da Informação na Ciência Policial”, realizado em Florianópolis – SC no dia 25 de outubro. Na oportunidade, o colega apresentou trabalho relacionando Inovação Tecnológica e Sistemas de Telecomunicações em missão crítica para comando e controle de atividades de policiamento ostensivo.

Gestor da Informação Não é de hoje que a informação abre portas para Luciano. Foi distribuindo panfletos (material informativo) em Curitiba – PR que o colega conseguiu custear o curso técnico em telecomunicações que possibilitou o ingresso na PF, no concurso de 2004. Mais recentemente, o conhecimento o levou à Academia Nacional de Polícia, onde ministrou aulas durante o Curso de Formação Policial de 2019.

Para Luciano, vivemos em uma “Sociedade do Conhecimento”, na qual o Estado deve exercer seu poder seguindo uma abordagem informacional. “Estar à frente do processo de inovação e saber quando proteger e quando compartilhar a informação é uma forma de exercer esse poder”, explica o colega.

Embora tenha hoje sua capacidade profissional reconhecida pela PF, Luciano segue sendo ATE e, como tal, critica a decisão de 2010 que colocou o cargo em processo de extinção. “Não restam dúvidas de que a situação deve ser revista”, avalia. “Em uma sociedade em que os recursos de tecnologia da informação são empregados também pela criminalidade, os órgãos de segurança precisam zelar pelas proteções da informação, tanto para o sucesso das operações, quanto para a preservação da vida dos servidores envolvidos. Neste sentido, são essenciais profissionais com conhecimento e percepção que ofereçam este suporte de maneira inovadora, não apenas para a gestão de recursos, mas para atividades técnicas operacionais. Estes profissionais são os ATEs”, assevera.

Ciente de trabalhar em um órgão que desfruta de grande credibilidade no presente, Luciano lança seu olhar para a PF do futuro. Na avaliação do colega, o órgão precisa se adaptar à sociedade da informação, valorizando o conhecimento e a competência de seus profissionais, independente das categorias. “Trabalhamos todos sob o mesmo teto. Isso é uma coisa que precisamos todos compreender ainda. Seria uma Utopia? Eu creio que seria uma necessidade para o exercício do poder informacional do Estado”, pontua.

O colega também aponta qual deve ser o papel do SinpecPF no contexto do poder informacional. “O sindicato tem de atuar contra a segregação dos cargos. Dividir é comprometer a unidade e o exercício do poder em um órgão que tem a obrigação de exercê-lo no combate ao crime e na defesa dos cidadãos”, esclarece, para depois enaltecer a competência da categoria administrativa. “Tem muita gente boa no PECPF, capacitada e com conhecimentos em suas áreas específicas. Isso precisa ser respeitado pela instituição”.