Por ocasião da data celebrada hoje, dia 5 de junho, o SINPECPF mostra algumas medidas e ações de sustentabilidade que podem ser adotadas para a conservação do meio ambiente. São sugestões que cada um de nós pode adotar no dia-a-dia e salvar o planeta Terra.

– Energia: O Grande Desafio

A questão da energia encabeça todas as listas de ações prioritárias a serem desencadeadas para a salvaguarda do planeta. Nossa civilização se tornou uma insaciável consumidora de energia, sobretudo a elétrica, e a gasta muitas vezes de forma desnecessária. Enquanto isso produzi-la implica, em muitos países, queimar petróleo ou carvão, combustíveis fósseis altamente poluidores. A maioria dos especialistas afirma que reduzir esse consumo é prioritário, urgente e perfeitamente possível. Podemos começar pelo nosso próprio lar.

Os eletrodomésticos têm ampliado enormemente nossas possibilidades de cultura e lazer, e a tendência é que os lares acumulem um número cada vez maior desses aparelhos. Para amenizar o impacto no consumo de energia, porém, é preciso investir em equipamentos elétricos com a maior eficiência energética possível. Um item relevante: a posição stand by – aquela em que o aparelho supostamente está desligado, mas continua a consumir energia – deve desaparecer. Se o número de aparelhos na casa em stand by for grande, a conta de luz pode aumentar até 25% num mês.

Um domicílio não poderia também gerar energia? Em certos países, a resposta a essa questão já é afirmativa – e ambientalmente aprovada. Para tanto, é preciso que a produção e a distribuição de energia não estejam nas mãos da mesma empresa. Com isso, os proprietários dos imóveis poderiam instalar instrumentos de geração de energia em pequena escala, com relação custo-benefício que torne o negócio viável. Na Grã-Bretanha e em vários outros países da Europa começa a se espalhar o conceito de casas em que parte do telhado é ocupada por painéis solares. Dependendo do local, outras formas de energia podem ser aproveitadas.

– Formar uma consciência ambiental

Uma ação ambiental só consegue ser implantada e perdurar se for atingido um “número crítico” de cidadãos conscientes de seus deveres e responsabilidades quanto à restauração e à manutenção do equilíbrio ecológico.

Um exemplo disso está no recente aprofundamento da calha do rio Tietê, em São Paulo. Durante a obra, retiraram- se do leito do rio milhares de toneladas de detritos atirados pela população. A limpeza trouxe conseqüências positivas, a começar pela redução das enchentes. Mas, como a formação de consciência ambiental dos cidadãos não foi concluída, muitos recomeçaram a fazer do Tietê sua lixeira particular.

Na nova ética ecológica, é dever de todo cidadão bem informado tornar-se vetor de elucidação daqueles que ainda não desenvolveram essa consciência.

– Estimular a venda de produtos “Verdes”

Produzir mercadorias mais adequadas ambientalmente sai, em geral, mais caro do que as tradicionais, e essa diferença de preço é o maior empecilho para a expansão do mercado “verde”. Para os especialistas, uma política fiscal específica poderia mudar bastante esse quadro.

Lâmpadas, aparelhos elétricos e veículos estariam entre os primeiros setores atingidos por uma política fiscal inovadora. As lâmpadas fluorescentes compactas, por exemplo, 85% mais econômicas do que as incandescentes, poderiam ser barateadas com a eliminação de impostos. Já os pesados, beberrões e poluentes utilitários esportivos seriam sobretaxados.

Outras medidas incluem dar muita publicidade às vantagens ambientais que os produtos “verdes” representam e subsídio ou redução de encargos a empresas e produtores que investem nessas mercadorias.

– Comprar menos e melhor

A mentalidade consumista está assentada na criação e manutenção do que os especialistas chamam de “febre aquisitiva” – a compulsão de comprar e consumir. É necessário comprar apenas o essencial. E comprar bem. Por exemplo, adquirir produtos que não recorrem a embalagens caras e são feitos em condições dignas de trabalho. Em todo o mundo se implanta o “comércio justo” (fair trade, em inglês), uma forma de atividade comercial na qual o objetivo primário não é a hipertrofia do lucro, mas a luta contra a exploração do trabalhador e a pobreza ligada a causas políticas, econômicas ou sociais. A isso se acrescenta a luta contra formas comerciais que prejudicam o meio ambiente. O comércio justo ganha força e logo se tornará regra básica das transações comerciais no mundo.

Os especialistas também recomendam que o consumidor veja com carinho os artigos de segunda mão. Sebos e brechós mostram que o objeto não precisa ser novo em folha para cumprir sua missão básica.

– Acabar com a cultura do desperdício

Em vários países, muita coisa já melhorou em termos de reciclagem, mas ainda estamos longe dos altos níveis necessários. Os mercados de artigos reciclados devem ser encorajados. Gradualmente, produtores são estimulados a recolher seus produtos ao final da vida útil deles para reciclá-los. No futuro, a reciclagem passará a fazer parte do próprio design dos artigos. Uma poderosa cultura de trocas e doação de objetos deverá ser implantada. Um exemplo: alguém muda o telhado de sua casa e fica com uma quantidade de telhas velhas, porém intactas, que oferece de graça em um site especializado; quem se interessar vai buscá-las.

(Fonte: Revista Isto É)