Boa notícia para os servidores administrativos da Polícia Federal: a proposta que corrige a amplitude remuneratória — diferença salarial entre o final e o início da carreira — da categoria foi incluída na proposta orçamentária da PF para 2020. A informação foi confirmada hoje (22) durante reunião com a Diretoria de Gestão de Pessoal da PF.

A proposta prevê que a amplitude remuneratória do PECPF seja corrigida levando em conta os parâmetros observados na categoria policial. Seguindo tais critérios, a diferença remuneratória verificada entre cada padrão da carreira administrativa subiria de 0,47% para 2,45% nos cargos de Nível Intermediário, e de 1,99% para 2,45% nos cargos de Nível Superior. Essas alterações propiciariam significativo ganho salarial no final da carreira, especialmente para os cargos de Nível Intermediário, cuja amplitude atual é de ínfimos R$ 552,66.

O objetivo da correção é estimular a permanência dos servidores administrativos na PF, contendo assim o forte êxodo de profissionais vivenciado pela classe. Nunca foi segredo que grande parte das vacâncias vivenciadas na categoria são fruto da falta de perspectiva de progressão profissional a longo prazo na carreira.

Mas atenção: a correção da amplitude ainda precisa passar pelo crivo governamental antes de entrar nos contracheques. De acordo com Coordenação de Recursos Humanos da PF, o envio da proposta para análise ministerial está próximo: faltam apenas ajustes técnicos ao texto.

Novo concurso Outra demanda incluída na proposta orçamentária é a realização de novo concurso para o PECPF, com o preenchimento de cargos atualmente vagos. Houve inclusive sinalização positiva por parte do Ministério da Justiça para o pedido. Entretanto, a reivindicação ainda precisa ser analisada pela equipe econômica do Planalto.

Progressão funcional — Também avançou o debate sobre a equalização dos critérios de progressão funcional na carreira administrativa. Atualmente, por conta de normas injustas e ultrapassadas, parte da categoria progride em 12 meses, enquanto outra parte, em 18 meses.

Segundo a DGP, o órgão finalizou minuta que corrige essa distorção. A proposta prevê que todos passem a progredir em 12 meses.