Ainda é cedo para dizer qual será “a cara” da Administração de Rogério Galloro à frente da Polícia Federal. Mas a julgar pela plateia que acompanhou a cerimônia de posse do novo diretor-geral — tomada por rostos conhecidos da gestão de Leandro Daiello Coimbra (inclusive o próprio) —, a nova diretoria deverá buscar inspiração no passado (bastante) recente do órgão, época na qual Galloro era figura central.

Reforça tal impressão o discurso do novo diretor-geral, que não só enalteceu a figura de Daiello como diretor e chefe, como enfatizou o recente prestígio adquirido pela PF junto à opinião pública. Para Galloro, o bom nome da instituição advém das “conquistas marcantes dos últimos anos”, que já seriam “indeléveis da história da corporação”.

Entre os compromissos assumidos pelo novo diretor-geral estão a manutenção da Operação Lava-Jato e o fortalecimento das equipes que conduzem as investigações dos inquéritos que tramitam no STF.

Prestigiando a posse de seu indicado direto, o ministro-extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann, explicou que a nova pasta ministerial nasceu com o objetivo de fortalecer a presença da União no combate à criminalidade, tarefa que, na avaliação do ministro, está hoje concentrada nas mãos dos estados. Segundo Jungmann, a PF terá papel primordial nessa missão.

Após a cerimônia, o diretor-jurídico do SinpecPF, Cícero Radimarque, parabenizou o novo diretor-geral, desejando-lhe sorte no comando da instituição. Galloro agradeceu os cumprimentos e afirmou que em breve receberá o sindicato para conversar sobre as demandas da categoria administrativa.