A negativa do Ministério da Economia para a proposta de correção da amplitude salarial do PECPF não foi bem digerida pelo SinpecPF — tampouco pela categoria administrativa da Polícia Federal, agora ainda mais revoltada. Em busca da reversão desse cenário, o sindicato se reunirá na próxima semana com o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Luiz Pontel de Souza.

“Queremos que nossa demanda receba uma defesa consistente, afinal, trata-se de uma proposta assinada pela própria Administração”, destaca o presidente João Luis Rodrigues Nunes. O mesmo vale para o projeto que uniformiza os critérios de progressão funcional para que todos os servidores da carreira passem a progredir em 12 meses — outra proposição barrada pela equipe econômica do governo.

Em busca de avanços em outras frentes de batalha, o SinpecPF se reuniu hoje com o diretor de gestão de pessoal da PF, Delano Cerqueira Bunn. Ao menos uma boa notícia saiu do encontro: a Administração pretende apresentar o novo programa de atividade física institucional — englobando a carreira administrativa — em outubro, durante o Congepe.

Também com um panorama mais animador está o processo que pede a reversão da extinção do cargo de Agente de Telecomunicação e Eletricidade. Recentemente, o retorno da proposta à PF causou preocupação, mas, segundo Delano, o que houve foi um erro no cômputo dos postos atualmente ocupados, problema já corrigido.

Outro tema tratado durante o encontro foi a retomada do debate acerca da regulamentação das atribuições da carreira administrativa. Diante do discurso do Governo de aglutinar categorias, em uma nova edição do “carreirão” que vigorou até o governo FHC, o sindicato deseja reforçar o caráter singular do PECPF.

Já na esfera legislativa, o sindicato está conversando com o deputado federal Felício Laterça (PSL/RJ) sobre o PL 3.723/19, proposta que flexibiliza o porte de arma para diversas categorias profissionais. “Nossa intenção é deixar claro que os servidores administrativos estão abrangidos”, frisa João Luis.

Outro parlamentar procurado pelo sindicato é o senador Alvaro Dias (Pode/PR). O objetivo é, mais uma vez, lutar para que a Reforma da Previdência preveja condições especiais para a aposentadoria dos servidores administrativos. “Sofremos todos os ônus por atuarmos em uma instituição policial. Pelo simples fato de trabalharmos em um órgão como tal, ficamos expostos à criminalidade e comprometemos nossa saúde. É justo que tenhamos um tratamento minimamente diferenciado em relação a servidores que não se expõem aos mesmos problemas”, avalia João Luis.