A atual diretoria do SinpecPF foi eleita com o compromisso de promover uma gestão participativa, debatendo diretamente com os servidores e dando espaço para sugestões. Para colocar tal objetivo em prática, nada melhor do que conversar cara a cara com os colegas, esclarecendo dúvidas acerca da atuação do sindicato. O pontapé dessa iniciativa foi dado hoje (5) em Curitiba, com saldo extremamente positivo.

Prioridades entre as demandas da categoria administrativa, a valorização salarial e a reestruturação da carreira suscitaram boa parte dos questionamentos dos colegas paranaenses. Os diretores do SinpecPF explicaram que os temas estão sendo tratados em duas frentes de negociações.

A primeira dessas frentes aborda apenas a correção da amplitude salarial, que está sendo debatida em separado das demais categorias do órgão. A ideia por trás da proposta é ampliar a diferença entre a remuneração do final e do início de carreira — de míseros R$ 552,66 nos cargos de nível intermediário —, utilizando a carreira policial como parâmetro. Estudos sobre o impacto orçamentária da proposta já foram efetuados e a expectativa é de que a Polícia Federal submeta o material para análise do novo governo em breve.

Já a segunda frente aborda a reestruturação em si e propõe a criação dos cargos Analista e de Técnico, com o devido enquadramento dos atuais servidores. A proposta também trata da regulamentação das atribuições, em especial as de fiscalização e de controle, e estava sendo tratada no corpo do projeto de Lei Orgânica produzido pela Administração da PF.

Como a Administração deixou claro que as negociações referentes à Lei Orgânica serão congeladas até que haja uma definição sobre a Reforma da Previdência, o foco do sindicato será fazer avançar a questão da amplitude salarial. “Queremos que nossas atribuições constem na Lei Orgânica e que a carreira administrativa seja devidamente integrada à estrutura da PF. Caso haja espaço para valorização salarial, queremos debater em conjunto com os policiais”, frisou o presidente João Luis Rodrigues Nunes.

Em relação à Previdência, tema prioritário para o Governo Bolsonaro, o diretor jurídico Cícero Radimarque explicou que o sindicato está trabalhando para que a categoria tenha suas peculiaridades reconhecidas em uma eventual reforma. “Executamos atividades de segurança e somos submetidos a risco. Queremos que isso seja reconhecido pelo governo e já abordamos o assunto junto à Administração da PF”, revelou.

Ainda sobre o tema Previdenciário, João Luis lembrou que a questão não chegou a ser votada pelo governo Temer em razão da forte oposição empreendida pelo funcionalismo em 2017. “Estamos dispostos a lutar novamente para barrar qualquer arbitrariedade e injustiça que o governo proponha”, garantiu.

Ao final do encontro, os filiados paranaenses referendaram a indicação dos colegas Luiz Alberto Bonin e Carlos Augusto Feio Nunes como representante e suplente, respectivamente, do sindicato no estado, em conformidade com o Art. 37 do estatuto do SinpecPF. Desde já o sindicato agradece a ambos pela dedicação e pelo comprometimento. Sem o esforço dos dois, o encontro desta terça provavelmente não teria acontecido.

Para a diretora de comunicação do SinpecPF, Fabiana Martins, a reunião foi um grande sucesso. “Os colegas presentes gostaram dos esclarecimentos e da postura do sindicato. Houve inclusive servidores que decidiram se filiar após o encontro”, revela.

O sindicato pretente dar continuidade às visitas aos estados na medida do possível. A intenção é que os encontros sirvam como verdadeira campanha nacional de filiação, realinhando o discurso da categoria em diferentes estados.