Justiça Federal condena Edemar Cid Ferreira e quatro ex-executivos

O ex-controlador do Banco Santos, Edemar Cid Ferreira, e seu filho, Rodrigo, foram presos ontem por decisão da Justiça Federal. As prisões foram determinadas pelo juiz Fausto de Sanctis, da 6ª Vara Federal de São Paulo, que condenou o ex-banqueiro, seu filho e quatro ex-executivos do banco por gestão fraudulenta e outros delitos, como evasão de divisas, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

Edemar foi condenado a 21 anos de reclusão em regime fechado, e terá de pagar multa de mais de R$2 milhões. Já seu filho foi condenado a 16 anos de prisão e multa de R$218 mil.

Outros três ex-executivos do banco, Ricardo Ferreira de Souza e Silva (pena de 16 anos), sobrinho de Edemar; Mário Arcângelo Martinelli (18 anos e oito meses) e Álvaro Zuchelli Cabral (16 anos) foram condenados pelos mesmos delitos e também tiveram a prisão decretada. Como nenhum deles foi encontrado em casa ontem, são considerados foragidos pela Polícia Federal, incumbida de cumprir os mandados de prisão.

Só um ex-colaborador não teve prisão pedida

Um quarto ex-colaborador de Edemar, André Pizelli Ramos, recebeu sentença idêntica, mas não teve sua prisão pedida pelo juiz. Poderá, assim, recorrer da sentença, de primeira instância, em liberdade, diferentemente de seus ex-companheiros.

Arnaldo Malheiros Filho, advogado de Edemar, entrou ontem mesmo com pedido de habeas corpus no Tribunal Regional Federal (TRF) da 3º Região (São Paulo) e também recorrerá da sentença. No pedido, Malheiros argumenta que o Supremo Tribunal Federal (STF) já havia decidido “pela inexistência de motivos para que Edemar fosse preso antes do trânsito em julgado de eventual condenação”.

O Globo