Nota do SinpecPF em relação às denúncias de assédio moral na Academia Nacional de Polícia

O SinpecPF, entidade sindical que representa nacionalmente os servidores administrativos da Polícia Federal, esclarece estar acompanhando de perto e desde o início as denúncias de assédio moral relatadas por servidores removidos do setor de ensino à distância da Academia Nacional de Polícia (ANP).

Na tentativa de dirimir a situação, o sindicato ouviu os denunciantes. De maneira prévia à denúncia encaminhada por eles à Corregedoria da PF e ao Ministério Público Federal, todo o suporte foi dado pelo corpo jurídico do SinpecPF na tentativa de comprovar, de forma inequívoca, a materialidade da denúncia.

Nessa etapa, o SinpecPF buscou antecipar todos os cenários possíveis em um eventual contencioso jurídico. Dado que alguns desses cenários confrontavam interesses de servidores da categoria, o sindicato decidiu não patrocinar diretamente a ação.

Obviamente, o SinpecPF não se deu por satisfeito e se colocou à disposição para buscar outras alternativas. Uma delas foi participar, na condição de ouvinte, de uma reunião entre os servidores denunciantes e o Diretor de Gestão de Pessoas, Guilherme Monseff di Biagi.

Dada a repercussão que a referida reunião ganhou nos órgãos de imprensa, em especial em reportagem do Portal G1, o SinpecPF esclarece primeiramente que as supracitadas denúncias não recaem sobre a figura do DGP e que este tem sido um importante parceiro na luta pela valorização da categoria. Na avaliação do sindicato, o recorte da fala do DGP destacada pela reportagem pode dar a entender que ele minimiza o assédio, o que não condiz com a verdade dos fatos.

O SinpecPF tem compromisso com a legalidade e com o diálogo para a resolução de conflitos. Assim, não tinha ciência e tampouco compactuou com a gravação clandestina realizada em referida reunião, bem como discorda do seu uso em quaisquer esferas, especialmente no formato descontextualizado da reportagem.

Mas, em que pese não ter sido intenção do DGP intimidar os denunciantes, é preciso deixar claro que os servidores devem sim lutar por seus direitos e contra o assédio moral. Os resultados dessa luta podem tardar, mas não se pode esmorecer. “Não podemos banalizar o assédio”, destaca o presidente João Luis Rodrigues.

Desta feita, o sindicato está a postos para apoiar a categoria em eventuais denúncias. A categoria não pode se intimidar jamais.