Sindicalistas mostram decepção em reunião que manteve R$367

O governo começou a discutir ontem o reajuste do salário mínimo para 2007 com as centrais sindicais. Os representantes dos trabalhadores reivindicam aumento de R$300 para R$420, mas a equipe econômica pressiona por um teto de R$367. No Congresso, o relator do Orçamento, Valdir Raupp (PMDB-RO), defende R$375. As centrais mostraram decepção na saída do encontro. O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, criticou a posição do governo na reunião, alegando que não foi feita qualquer proposta.

– Ficamos um pouco chateados. Sentam cinco ministros dos mais importantes da República, não falam uma palavra, e só marcam uma próxima reunião para a próxima quinta-feira – disse Paulinho.

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, lembrou que o valor de R$375 era a proposta inicial do governo, mas o número teve que ser revisto porque houve uma redução nas estimativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e da inflação, considerados no cálculo do reajuste. Ele admitiu, porém, que será difícil manter o valor em R$367:

– O ponto de equilíbrio é o que a União pode pagar e o que os trabalhadores reivindicam. Chegaremos a ele.

Segundo Paulinho, os ministros Guido Mantega (Fazenda), Paulo Bernardo (Planejamento), Nelson Machado (Previdência) e Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência) e Marinho não falaram sequer sobre a proposta de correção da tabela do IR.

O Globo