O deputado federal Lupércio Ramos (PMDB-AM) foi denunciado ao Supremo Tribunal Federal pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, por atentado violento ao pudor e aborto provocado por terceiro (penas de três a 10 anos e dois a sete anos, respectivamente). O parlamentar – que é jornalista de profissão, e não concorre à reeleição – não está entre os congressistas acusados pela CPI dos Sanguessugas ou pelo chefe do Ministério Público de envolvimento no escândalo das ambulâncias.

De acordo com a denúncia – cujo relator é o ministro Joaquim Barbosa – uma jovem de 14 anos, que participou, em 2001, do programa de rádio “A voz do povo”, que o atual deputado apresentava, passou a ser por ele convidada várias vezes para aparecer no programa. Tempos depois, foi trabalhar como “faxineira” na casa do radialista, e acabou sendo obrigada a “participar de atos libidinosos diversos”. A menor era acompanhada nas supostas faxinas pela jornalista Renata Moreira Maquiné, também denunciada pelo crime de “induzir pessoa a satisfazer a lascívia de outrem”. 

Gazeta Mercantil