A novela sobre o retorno da atividade física institucional para os servidores administrativos pode estar mais próxima do fim. Após uma bem-sucedida mobilização na manhã desta segunda-feira (4), o SinpecPF foi recebido pela Direção-Geral à tarde e soube que a resposta para a questão está planejada para julho.

“Estou ciente da demanda e solicitei que a Diretoria de Gestão de Pessoal analise as questões legais e normativas”, informou o diretor-geral, Rogério Galloro. O encontro ocorreu durante a segunda rodada de reuniões periódicas entre a Administração e as entidades de classe. A cada encontro, novos temas de interesse geral são incluídos na pauta, com o compromisso da Administração de oferecer respostas nas reuniões seguintes.

Como todas as entidades policiais apoiaram o retorno da atividade física para a carreira administrativa, o pleito foi considerado de interesse geral e deverá receber um posicionamento no próximo encontro. Até lá, é fundamental que a categoria se mantenha mobilizada.

Respostas para questionamentos anteriores — Entre os temas tratados na primeira reunião com a Direção-Geral — ocorrida no dia 17 de abril — estava a correção da baixa amplitude salarial da categoria. Segundo Galloro, a DGP está concluindo estudo que propõe ampliar a remuneração do final de carreira dos cargos administrativos. A intenção é que a diferença entre final e início de carreira fique proporcionalmente mais parecida com o observado na carreira policial.

Também houve avanços em relação à inserção de novas localidades entre os municípios contemplados pela indenização de fronteira. A intenção é que as cidades consideradas estratégicas pela PF, mas deixadas de fora pela Portaria nº 455/2017, passem a ser beneficiadas. Após solicitação da Direção-Geral nesse sentido, o ministro extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann, entrou em contato com o Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão para pleitear a ampliação da lista.

Por fim, a Direção-Geral confirmou que solicitará nos próximos meses a realização de novo concurso para o PECPF. “Já averiguamos a existência de 216 cargos vagos de nível médio e de 140 de nível superior. Além disso, queremos criar pelo menos mais dois mil cargos de agente administrativo”, afirmou o DGP, Delano Cerqueira Bunn. Para o SinpecPF e as demais entidades de classe, o pedido deve ser ainda maior. “Já há alguns anos, é consenso entre as entidades que o órgão precisa de pelo menos cinco mil novos administrativos”, pontuou o presidente Éder Fernando da Silva. Infelizmente, o esperado reforço por meio dos excedentes do último concurso não aconteceu, uma vez que o Ministério do Planejamento ignorou os apelos pela convocação.