A partir do dia 13 de junho, os olhares do mundo se voltam para o Rio de Janeiro. É quando começa a Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável. Durante o evento, caberá à Polícia Federal garantir a segurança de delegações de diversos países, verdadeiro teste para o que serão a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. O SINPECPF irá aproveitar a repercussão do evento para chamar a atenção da sociedade sobre a necessidade de reestruturação do PECPF.

Para tanto, o sindicato produziu Folder ilustrado que será distribuído nos aeroportos do Rio de Janeiro durante os dias de evento. O texto chama atenção sobre os problemas enfrentados pela Polícia Federa em decorrência da falta de valorização de seus servidores administrativos e faz um alerta: se a situação não mudar, a Copa no Brasil pode não decolar.

Para que os visitantes estrangeiros também captem a mensagem, o Folder conta com traduções para inglês e espanhol. Com isso, esperamos repercutir nosso alerta internacionalmente, de modo a incentivar que o Governo Brasileiro tome logo as providências necessárias para reformular a estrutura de nossa categoria.

Confira abaixo o texto do Folder:

A Copa no Brasil pode não decolar!

A Copa no Brasil em 2014 está ameaçada, e não é por causa de atrasos em estádios e obras de infraestrutura. A Polícia Federal (PF), responsável pela segurança nesses eventos, está à beira de um colapso por não contar com número suficiente de servidores administrativos e nada parece estar sendo feito para contornar o problema.

Para que as operações da PF sejam bem sucedidas, é necessário todo um suporte logístico, realizado pelos servidores administrativos. São esses profissionais que se encarregam de manter a PF em ordem para que os policiais combater o crime. Além disso, os servidores do PECPF possuem papel primordial no controle imigratório brasileiro, sendo, portanto, vitais para a segurança da sociedade durante os jogos.

O número de servidores administrativos está abaixo do ideal porque a categoria não recebe o devido valor. Com isso, profissionais bem preparados deixam a PF em busca de melhores salários e condições de trabalho em outros órgãos.

Reestruturar a carreira, abrindo novo concurso, solucionaria o problema. Mas em vez de fazer isso, o Governo contrata mais e mais policiais, mas não para colocá-los nas ruas para combater o crime! Estes policiais são colocados em postos administrativos, ganhando até quatro vezes mais que um servidor administrativo, sem, muitas vezes, possuir o conhecimento necessário para as funções.

Para piorar, quando a PF decide não colocar policiais para realizar o trabalho dos servidores do PECPF, coloca terceirizados, atuando em desvio de função! São profissionais contratados como recepcionistas que acabam atuando no controle imigratório. Há vários casos de funcionários que se deixaram corromper por quantias irrisórias de dinheiro. Imagine o risco de que algum desses profissionais libere a entrada de um terrorista no Brasil durante a Copa?

O tempo é curto, e não podemos mais fechar os olhos! Reestruturação do PECPF já, para que a Copa no Brasil possa de fato decolar!