Os servidores do Plano Especial de Cargos da Polícia Federal – PECPF não tiveram motivo para comemorar o 1° de maio, Dia do Trabalhador. Há mais de um mês a categoria aguarda o envio, para o Congresso Nacional, da proposta de reajustes salariais.

É neste contexto que o SINPECPF participa desta mobilização na próxima quarta-feira, dia 7 de maio, a partir das 14h, no Espaço do Servidor, ao lado do Ministério do Planejamento, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. A concentração será em frente ao Edifício-Sede da PF, às 13h. O Sindicato disponibilizará ônibus especiais, saindo da ANP e do Setor Policial Sul, para que os servidores possam chegar ao Edifício-Sede da PF e seguir para a Esplanada dos Ministérios.

Por todo Brasil servidores devem realizar manifestações defendendo o envio imediato de uma Medida Provisória (MP) ao Congresso Nacional com reajustes para mais de 800 mil servidores.

Juntos, SINPECPF, CUT, CTB, Condsef, Fasubra, Proifes e CNTSS encaminharam ofício aos ministros Paulo Bernardo, Dilma Rousseff e para o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Ferreira, solicitando audiência nesta quarta, 7 de maio. O intuito é cobrar do governo o encaminhamento ao Congresso Nacional da MP com as novas tabelas dos setores que já possuem acordo fechado com o Ministério do Planejamento e a continuidade das negociações com outras categorias do funcionalismo público.

Segundo a presidente do SINPECPF, Hélia Cassemiro, para os servidores do PECPF, que há tempos estão com salários defasados, é grande a ansiedade para ver os novos vencimentos no contracheque.

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, chegou a informar para interlocutores que os reajustes seguiriam ao Congresso Nacional na terça-feira da semana passada. A previsão acabou não se cumprindo. O Ministério voltou a informar que a proposta de reajustes dos servidores continua em poder da Casa Civil. Lá, a informação é a de que os técnicos estão realizando a análise do texto. Mas a data para o envio da proposta de reajuste ao Congresso – que todos esperamos – ninguém soube informar. O resultado é que os servidores do PECPF estão apreensivos com esse jogo de empurra-empurra.

Caso a MP não seja encaminhada até amanhã (7), outra manifestação mais intensa deve acontecer no dia 14 de maio, em Brasília, reunindo caravanas de vários estados.

Até lá, as entidades devem realizar assembléias e não descartam dar início a uma greve em defesa dos acordos firmados.

A grande preocupação está no tempo para que as propostas cheguem ao Congresso e sejam votadas. Como se trata de ano eleitoral, os parlamentares têm até o dia 30 de junho para votar os reajustes. Depois disso, os servidores correm o risco de acumular mais um ano sem aumento salarial.