Em março deste ano, relato de discriminação feito pelos colegas amazonenses mexeu com os brios de toda a categoria administrativa da Polícia Federal. Segundo os servidores lotados na Superintendência de Manaus, durante as comemorações pelo 67º aniversário da PF, houve orientação expressa para que o hino da instituição fosse entoado somente pelos servidores policiais. Quatro meses após o ocorrido, o responsável pelo ato falho se retratou, pedindo desculpas à categoria.

O pedido de retratação foi sugerido pelo SINPECPF ao superintendente do estado, Sérgio Lúcio Mar dos Santos Fontes, durante visita da presidente Leilane Ribeiro de Oliveira à Superintendência de Manaus, ocorrida em abril. À época, o sindicato ressaltou que o caso obteve grande repercussão entre os servidores da categoria, necessitando de um pedido formal de desculpas.
 
Em sua retratação, Darlan Alves da Silva, Agente de Polícia Federal responsável pelo cerimonial na solenidade, afirma que o ato foi cometido de forma involuntária, sem intenção de causar qualquer constrangimento aos servidores administrativos. De acordo com Darlan, lapsos de memória como o que ele teria cometido são comuns entre cerimonialistas e oradores, muito embora os mesmos façam de tudo para evitar que eles aconteçam.
 
“Em nome da boa convivência de todos os servidores desta Regional, para que o local de trabalho seja o mais salutar possível, reitero as minhas escusas aos servidores administrativos pelo eventual lapso cometido, ao passo que os convido para se fazerem presentes com efetividade, a fim de participarem ativamente das nossas solenidades institucionais e se possível todos possam cantar o Hino da Polícia Federal com a mesma veemência com que se sentiram excluídos, o que para todos nós seria uma excelente forma de eliminar eventuais rancores”.
 
O SINPECPF aceita o pedido de desculpas e aconselha os colegas amazonenses a não guardar rancor por parte do colega Darlan. Todos estamos sujeitos a falhas. Reconhecê-las é gesto de nobreza.
 
Contudo, destacamos que o sindicato continuará vigilante para qualquer relato de discriminação sofrido pela categoria administrativa. Involuntários ou não, atos como o ocorrido em Manaus não podem ser tolerados, devendo ser devidamente apurados para que, caso seja necessário, os responsáveis sejam punidos com as medidas cabíveis.