Nesta terça-feira (26) os servidores do PECPF lotados no estado de São Paulo reuniram-se no auditório do Sindicato dos Servidores Públicos Civis Federais do Departamento de Policia Federal – SINDPOLF/SP para propor soluções sobre os problemas afetos a categoria, especialmente no que tange a terceirização irregular.

O SINPECPF, representado por sua presidente, Leilane Ribeiro de Oliveira e pelo representante do SINPECPF em São Paulo, Wesley Nóbrega, marcou presença no encontro.
Representando o SINDPOLF/SP compareceram: o presidente do sindicato Alexandre Santana Sally, o vice-presidente Luiz Rafael Debiasi, a secretária geral Ana Marina de Castro, o diretor jurídico Antonio D’Angelo Júnior, o diretor social Acácio Soares, o representante do PECPF no SINDPOLF/SP Adão Eli Pereira Júnior e o assessor da presidência Rogério Arantes Medeiros.

Destaca-se também, a presença do Superintendente da Polícia Federal do Estado de São Paulo, Roberto Ciciliati Troncon Filho. Já, a deputada federal Keiko Ota (PSB/SP), integrante da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados, lamentavelmente não compareceu ao encontro por motivos particulares.

O foco do encontro foi a terceirização irregular, e conseqüente, precarização do serviço prestado aos cidadãos. O representante estadual do SINPECPF, Wesley Nóbrega, informou que o quadro de administrativos vem se perdendo ao longo dos anos e hoje existem no estado cerca de três terceirizados para cada servidor PECPF. Vale dizer que enquanto o governo federal se omite, a problema da terceirização irregular cresce aceleradamente no órgão. Wesley propôs como solução a realização de concurso público para preencher as vagas hoje ocupadas por funcionários terceirizados.

Ademais, a presidente do SINPECPF, Leilane Ribeiro de Oliveira, propôs como solução para terceirização irregular, antes mesmo da realização de concurso público, a reestruturação da carreira administrativa, ressaltando que desde 2007 foram encaminhadas ao Ministério do Planejamento propostas de reestruturação, com parecer favorável do STF, e que ainda aguardam respostas. Tendo em vista esse descaso do governo, a presidente solicitou ao superintendente o envio de documento ao Planejamento formalizando apoio a causa administrativa.

Entretanto, as discussões não se limitaram a este tema. Também foi apontado na reunião, problemas que envolvem: omissão do governo em reestruturar a carreira administrativa, baixos salários, desvios de função, migração de servidores do PECPF para órgãos mais promissores ocasionando redução gradativa no quadro de servidores administrativos, escassos programas para capacitação profissional, dentre tantos outros problemas que fazem parte da realidade do servidor administrativo da Policia Federal.

Com a palavra, o presidente do SINDPOLF/SP, Alexandre Santana Sally, informou sobre as ações que o sindicato vem desenvolvendo em prol dos servidores do PECPF, dentre elas, declarou que oficiará o Ministério Público do Trabalho solicitando providências sobre a questão dos terceirizados. “Somos um sindicato que representa todos os servidores e não somente policiais, sendo assim, a briga em favor dos servidores do PECPF também é nossa”, enfatizou o presidente do SINDPOLF/SP.

Outrossim, o superintendente Roberto Ciciliati Troncon Filho concordou com as dificuldades de trabalho apontadas. “Qualquer superintendente gostaria de ter mais administrativos atuando do que terceirizados”, declarou o superintendente. “Não estamos em lados opostos, queremos o melhor para os servidores da Polícia Federal. Havendo oportunidade não me furtarei de participar de debates que possam colaborar com essa melhoria desta instituição. O que pudermos fazer para melhorar, faremos”, concluiu.

Por fim, a presidente do SINPECPF junto ao presidente do SINDPOLF/SP, agradeceram os presentes e concordaram que a reunião foi muito produtiva. “Demos o primeiro passo, outros virão e precisamos estar cada vez mais unidos, consequentemente, mais fortes”, finalizou a presidente do SINPECPF.
OBS. O SINPECPF informa que relatório sobre a reunião será elaborado e encaminhado a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados, a pedido dos deputados que a compõe.
Fonte: SINDPOLF/SP e SINPECPF