O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, recebeu ontem (27) a presidente do SINPECPF, Leilane Ribeiro de Oliveira, para discutir como andam as negociações referentes à reestruturação da carreira administrativa. No encontro, Cardozo voltou a afirmar que defende a modernização das atribuições do PECPF como estratégia de combate à terceirização irregular e ao desvio de função de policiais, comprometendo-se a cobrar uma resposta rápida do Ministério do Planejamento sobre o tema.

A presidente reclamou da postura do Planejamento nas negociações sobre a reestruturação, que foram interrompidas sem uma conclusão. Ela advertiu o ministro sobre a impaciência da categoria administrativa, alertando para que a cobrança dele junto ao Planejamento aconteça rapidamente e traga resultados práticos. “As mobilizações pelo serviço público estão sendo retomadas, e muitos colegas se perguntam se não é hora de aderirmos”, pontuou.

Cardozo garantiu que o Ministério da Justiça voltará a dialogar com o Planejamento sobre o tema nos próximos dias. “Sei que o pleito de vocês é bem visto lá, então é mais fácil cobrar soluções”. Ele também lamentou os ânimos exacerbados de alguns setores da PF, que estariam extrapolando a fronteira entre a reivindicação justa e a manifestação política. Na avaliação do ministro, isso estaria trazendo reflexos negativos para todos os demais pleitos do órgão.

A presidente Leilane Ribeiro de Oliveira lembrou que a reestruturação da carreira administrativa conta com o apoio de todas as entidades representativas de classe dos policiais federais. “Somos um raro consenso e esse fator deve ser levado em conta”, observou a presidente. “Ele é”, replicou o ministro, afirmando ainda que a Direção-Geral da PF colocou a questão administrativa como prioridade.

GSISTE – A presidente também solicitou que o Ministério da Justiça de rápido andamento ao processo que solicita a criação de cota de cerca de 900 GSISTEs (Gratificação Temporária das Unidades dos Sistemas Estruturadores da Administração Pública Federal) para a PF. A questão está em análise no MJ e ainda precisa passar pelo crivo do Ministério do Planejamento.