Servidores mantêm movimento em defesa da reestruturação

Os servidores do Plano Especial de Cargos da Polícia Federal – PECPF entram na terceira semana de greve nacional deflagrada pela categoria e segue firme no propósito de cumprir o calendário até que o Governo inclua, com efeito financeiro, a reestruturação do Plano Especial de Cargos na Medida Provisória que será editada em setembro desse ano, com o aumento salarial à carreira policial.

Em Brasília, os servidores da Superintendência do DF e da Academia Nacional de Polícia suspenderam as atividades e estão concentrados em frente ao Edifício Sede com os servidores daquela unidade e permanecerão lá até a próxima quinta-feira, 21 e segue com as paralisações agendadas para os dias 26, 27e 28/06. No último dia a categoria realizará Assembléia Geral Extraordinária em todo país, para avaliar o movimento. Se o Governo não tiver atendido as reivindicações, os servidores do PECPF podem decidir pela greve por tempo indeterminado.

Da mesma maneira está acontecendo nos estados da federação. Muitos serviços estão totalmente interrompidos e outros prejudicados. Em alguns estados a adesão ao movimento, comparado à semana anterior, aumentou significativamente. Apenas o Pará não aderiu ao movimento. 

Setores como cadastro de porte de armas, controle de produtos químicos, protocolo (por onde tramitam os inquéritos policias), Recursos Humanos, assim como a logística dos jogos Pan-Americanos, entre outros, realizados por servidores do PECPF também estão prejudicados em todo país. Os serviços que continuam funcionando estão sendo feitos precariamente por policiais e terceirizados.

“Passamos por um momento decisivo no nosso processo de reestruturação. Hoje entramos na terceira semana de greve e sabemos que para alcançar nosso objetivo precisamos permanecer mobilizados” ressaltou a presidente do SINPECPF, Hélia Cassemiro. De acordo com ela, o Governo ainda não contemplou a categoria com nenhuma posição concreta e mesmo com a formação do Grupo de Trabalho (GT) – trabalhando paralelamente a greve pelo bom andamento do processo -, os servidores não devem esmorecer.

“Conseguimos repercutir com expressiva notoriedade no seio da sociedade quem somos o que reivindicamos e que tratamento é dado aos servidores do Plano Especial de Cargos. Esse é o momento de permanecermos na luta” lembra.

Comunicação Social / SINPECPF