ATUALIZADO – O MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO REMARCOU A REUNIÃO COM O SINPECPF PARA AMANHÃ (28), ÀS 15H00.

A segunda-feira (27) será decisiva para a greve deflagrada pelos servidores administrativos da PF. É que ao meio-dia o Ministério do Planejamento volta a receber o sindicato da categoria (SINPECPF) para tentar viabilizar um acordo. A categoria reivindica reestruturação da carreira, valorização salarial e abertura de novo concurso para fortalecimento dos quadros.

Sempre usando de manifestações criativas, os administrativos prometem novamente adotar a estética de "caras pintadas" nessa reta final de negociações. A ideia de pintar os rostos surgiu após suposta declaração da presidente Dilma de que a Polícia Federal pertenceria a uma casta de "sangue-azul" no funcionalismo.

"Essa não é a realidade dos administrativos", explica a presidente do SINPECPF, Leilane Ribeiro de Oliveira. "Ganhamos bem menos que os policiais federais e menos que carreiras de atribuições parecidas com as nossas, o que faz com que o êxodo de administrativos da PF seja muito grande", completa.

O SINPECPF sustenta que a batalha pela reestruturação não beneficiará apenas a categoria administrativa da PF, mas toda a população. "Para suprir a carência de administrativos, a PF desloca policiais para nossas áreas", conta Leilane. "Isso é desperdício de dinheiro público e é contra isso que estamos lutando".

Apoio – A lógica de que a reestruturação da carreira administrativa trará a economia e eficiência de que a PF precisa fez com que o pleito recebesse o apoio das demais categorias do órgão e de diversos parlamentares. Setenta deles – entre os quais o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT/RS) – registraram em um vídeo o apoio à causa.

A reestruturação também conta com o apoio da Direção-Geral da PF, que endossa o projeto defendido pelo SINPECPF ora em análise no Planejamento. O plano é diminuir a dependência da PF por mão de obra terceirizada, prática mal vista em órgãos de segurança pública.

Confira aqui fotos da última manifestação dos "caras pintadas" da PF.