Os advogados Maria Cristina de Souza Rachado e Sergio Weslei da Cunha tiveram ontem os registros na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) suspensos preventivamente. Não poderão exercer a profissão por 90 dias. Foi uma decisão unânime de duas turmas julgadoras do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB de São Paulo. Acusados de colaborar com o Primeiro Comando da Capital (PCC), eles teriam comprado um CD com declarações dos delegados de São Paulo Godofredo Bittencourt Filho e Ruy Ferraz, dadas em sessão secreta à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Armas, em maio, na Câmara do Deputados.

Nos 90 dias, a OAB de Brasília vai julgar o processo que investiga a conduta deles na compra do CD. O disco foi vendido por um funcionário terceirizado da Câmara. Maria Cristina e Weslei admitem ter adquirido o CD, mas negam ter subornado o funcionário. A gravação teria informações sobre a transferência de cerca de 700 presos da facção para penitenciárias de segurança máxima, o que motivou os ataques a São Paulo. Os advogados podem ser excluídos da OAB.

Do Correio Braziliense