Começou no dia 1º de janeiro deste ano a adoção da reforma ortográfica da Língua Portuguesa. O objetivo da reforma é unificar o idioma entre os países que têm o Português como linguagem oficial. Além do Brasil e de Portugal, antigas colônias do país ibérico, notadamente no continente africano, que também falam a nossa língua.

O acordo de unificação do idioma é fruto de intensas negociações entre os países de Língua Portuguesa, que resultaram em novas regras gramaticais. A intenção de unificar a forma de escrever palavras entre os diversos países que a adotam o idioma, tem o objetivo de fortalecê-lo, tornando-o mais coeso e preciso. Para tanto, os países que assinam o acordo passam a adotar a mesma grafia. No Brasil, por exemplo, deixa-se de usar o trema, já banido da gramática de Portugal. Palavras perdem acentos, como vôo ou pára, e há, ainda, alterações na utilização do hífen.

Os portugueses, por sua vez, vão sentir ainda mais as alterações da gramática. A quantidade de palavras que terão a grafia alterada em Portugal é quase dez vezes maior do que na língua portuguesa do Brasil. Os patrícios deixarão, por exemplo, de escrever o p mudo, em diversas palavras, como em óptimo, que passará a ser como no Brasil: simplesmente ótimo.

Como prazo de adaptação à reforma ortográfica acordada, foi estabelecido um período de transição em que será permitida a livre utilização tanto das novas quanto das antigas formas de escrever o Português De 2009 até 31 de dezembro de 2012, ou seja, durante quatro anos, ficam valendo tanto a ortografia atual quanto as novas regras. Assim, concursos e vestibulares deverão aceitar as duas formas de escrita – a atual e a nova. Nos livros escolares, a incorporação das mudanças será obrigatória a partir de 2010. Em 2009, podem circular livros tanto na atual quanto na nova ortografia.

Somente a partir de 1º de janeiro de 2012 é que será exigida a adoção compulsória às novas regras gramaticais nos países signatários do acordo. Então, concursos para ingresso no serviço público, vestibulares e outras provas de Português poderão aferir o conhecimento da nova língua unificada. Até lá, abre-se um grande mercado para gramáticos, literários, editores e professores, que serão mais requisitados do que nunca pelos que querem se inteirar das alterações ortográficas e ficar em dia com o bom Português.

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Artigo: Netto Costa