Maurício Valeixo não é mais diretor-geral da Polícia Federal. A exoneração foi publicada na manhã de hoje (24) no Diário Oficial da União, por decisão unilateral do presidente Jair Bolsonaro — que ignorou os apelos do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, para que Valeixo seguisse no comando da instituição.

Embora o DOU afirme que a exoneração ocorreu “a pedido” de Valeixo, fontes ligadas ao agora ex-diretor afirmam que a decisão partiu do presidente da República, fato que desencadeou a ruptura definitiva entre Bolsonaro e Moro.

Chamado de “superministro” no início do governo, Moro sempre deixou claro ser contra uma eventual troca de comando na PF, algo almejado pelo Planalto desde o segundo semestre de 2019. Em coletiva realizada pela manhã de hoje, ele afirmou ter sido pego de surpresa pela exoneração de Valeixo. Por não endossar uma eventual ingerência política na PF, Moro anunciou sua demissão do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Agradecimento a Valeixo — Diante da saída de Valeixo do comando da PF, o SinpecPF aproveita a deixa para agradecê-lo pelo apoio em demandas da categoria — em especial pela defesa das propostas de correção da amplitude salarial da carreira administrativa, de implementação do teletrabalho e de criação de um programa de atividade física institucional para os servidores da categoria.

O sindicato espera que o substituto esteja à altura do cargo, oferecendo respostas aos históricos pleitos de reestruturação da carreira administrativa e de regulamentação das atribuições da categoria. “Queremos um diretor-geral e um ministro da Justiça que abracem de fato essas demandas”, reivindica o presidente do SinpecPF, João Luis Rodrigues Nunes. “Tratam-se de demandas fundamentais para o fortalecimento da instituição”, ressalta.