O SinpecPF se reuniu na tarde de ontem (10) com o novo diretor de gestão de pessoal da Polícia Federal, Oswaldo Paiva da Costa Gomide. Foi o primeiro encontro com o novo DGP e serviu para que o sindicato reiterasse quais são hoje as demandas prioritárias para a carreira administrativa: regulamentar as atribuições de fiscalização e de controle e proteger a categoria dos efeitos da Reforma Administrativa.

Acerca das atribuições, Gomide informou que a nova gestão concorda com a visão do sindicato de regulamentar a participação dos servidores do PECPF nas atividades de fiscalização e de controle desempenhadas pela PF. O projeto está novamente de posse da Direção-Geral, que agora avalia a melhor estratégia política para assegurar o sinal verde do Governo.

O DGP também ratificou o compromisso assumido pela Direção-Geral de lutar para que a PF receba tratamento diferenciado nos debates sobre a Reforma Administrativa travados no Congresso Federal. A prioridade é garantir a manutenção das prerrogativas atuais, especialmente a estabilidade funcional, uma vez que, sem elas, será impossível para os servidores desempenharem suas funções de Segurança Pública com autonomia e eficiência.

O sindicato também cobrou a fixação de diretrizes centrais para a vacinação nos estados, de modo a garantir a imunização de todos os profissionais, especialmente aqueles que seguem atuando na linha de frente. Em algumas superintendências, todas as doses foram direcionadas a policiais, fato que mereceu críticas por parte do SinpecPF. Gomide se comprometeu a ligar para os superintendentes nos estados em que o problema foi verificado.

Teletrabalho — O sindicato também cobrou a rápida implementação do Programa de Gestão da PF para o trabalho remoto (com base na IN 65 do Ministério da Economia). Atualmente, a modalidade está suspensa em razão da inexistência de um sistema de aferição da produtividade no órgão.

Segundo o DGP, o sistema se encontra em fase de desenvolvimento na Diretoria de Tecnologia da Informação (DTI). A previsão é de que a implementação ocorra em julho.

Outra informação trazida pelo DGP é que a PF segue trabalhando pela realização de um novo concurso para o PECPF, visando preencher os postos atualmente vagos. Trata-se de um processo fundamental para garantir a sobrevivência da categoria, pois além de revitalizar o quadro, possibilita a manutenção de espaços dentro do órgão.

A informação foi bem recebida pelo SinpecPF. “Nossa luta por valorização é de longo prazo. Se não houver reposição das vacâncias, a categoria perderá ainda mais espaço e será substituída. Precisamos garantir o futuro da classe para que os atuais servidores tenham perspectivas amanhã”, ponderou o presidente João Luis Rodrigues Nunes.