O SinpecPF se reuniu na manhã desta segunda-feira (11) com a nova coordenadora de recursos humanos da Polícia Federal, Juliana Pacheco. A reunião serviu como verdadeiro “cartão de visitas” entre as partes. Além de apresentar as demandas dos servidores administrativos, o sindicato aproveitou o encontro para detalhar a atual conjuntura da categoria, deixando patente a necessidade de valorização da classe.

Argumentos em prol da valorização não faltaram ao sindicato. A tarefa não era difícil, tendo em vista a quantidade de mazelas decorrentes do imenso déficit de servidores administrativos — desvios de função de policiais, acúmulo de processos, dificuldades operacionais, etc. —, problema que tende a piorar com a iminente Reforma da Previdência (cerca de 25% da categoria já possui os requisitos para aposentadoria).

Sobre o tema, o sindicato solicitou apoio da Administração a uma proposta de emenda que reconheça o caráter diferenciado da atividade administrativa. “Temos de ter nossa atividade reconhecida como de risco, inclusive para fins de aposentadoria especial”, frisou a secretária-geral do sindicato, Petra Funke.

Prioridade para a categoria, a correção da amplitude salarial foi destacada pelo sindicato como o marco inicial do almejado processo de valorização. Em negociação desde o ano passado, a demanda prevê a ampliação da diferença salarial entre o teto e o piso remuneratório da categoria — hoje, essa diferença é de apenas R$ 552,66 nos cargos de nível intermediário. Como o processo referente ao tema não sofre movimentação desde o início de janeiro, o sindicato pediu que CRH intervenha para garantir celeridade ao debate.

Pedido semelhante foi feito em relação ao processo que padroniza a progressão funcional em 12 meses. O sindicato apurou que a demanda já teve parecer favorável, necessitando apenas da aprovação formal da Administração para ser remetido ao Ministério da Justiça.

O sindicato também pediu o apoio da CRH em questões diversas, como a realização de novos concursos, a implementação do regime de teletrabalho, a criação de um programa institucional de atividade física para os servidores administrativos e a ampliação da oferta de cursos de capacitação para a categoria. “Estou assumindo agora, mas já estou ciente de algumas questões e posso garantir que Administração reconhece a necessidade de valorizar a categoria”, garantiu a coordenadora.