A maioria dos servidores administrativos presentes a AGE promovida pelo SINPECPF em Brasília nesta quarta-feira (31) votou favoravelmente à assinatura de termo de acordo com o Planejamento aceitando o reajuste proposto pelo governo para o PECPF, desde que haja o compromisso de que as negociações pela reestruturação da carreira continuem. Na opinião dos servidores, a proposta de reajuste está muito longe da ideal, mas descartá-la não iria garantir melhores condições em negociações futuras.

A categoria tomou como exemplo as negociações realizadas pela Condsef ao longo do ano passado, quando o Planejamento propôs elevar o teto do nível superior das categorias representadas pela entidade para R$ 7.500,00, oferecendo também reajuste da gratificação de desempenho do nível intermediário em R$ 250,00. A entidade rejeitou a proposta e promoveu diversas manifestações em protesto – inclusive deflagrando greves em determinados órgãos. Contudo, as manifestações não surtiram o efeito desejado e o governo acabou reduzindo os valores na proposta deste ano.

Na avaliação da presidente em exercício, Cleuza Menezes, a categoria precisa priorizar a reestruturação. “Enquanto não reestruturarmos nossa carreira, o governo sempre nos oferecerá o mesmo que para as demais carreiras administrativas. Somente com a reestruturação conseguiremos ser diferenciados”, ponderou. Para a presidente, mais importante que conseguir um reajuste irrisório é garantir que as negociações pela reestruturação continuem em andamento. “O secretário de recursos humanos do MPOG, Duvanier Paiva Ferreira, se compromete a promover as negociações no período de setembro de 2011 a março de 2012. Se conseguirmos reestruturar nossa categoria até lá, teremos conquistado uma importante vitória. Se não, poderemos promover movimentos fortes em repúdio a quebra de palavra do governo”.

Vale agora lembrar que os estados devem se manifestar o mais rapidamente possível, pois o SINPECPF precisa oferecer uma resposta ao MPOG ainda na tarde desta quarta-feira.

Situação dos policiais – A AGE desta quarta-feira foi novamente realizada em parceira com o SINDIPOL/DF. Sem terem recebido uma proposta de reajuste, os policiais avaliaram que não precisam definir uma estratégia de atuação de imediato, diferentemente do que ocorre com a categoria administrativa. De acordo com o presidente do SINDIPOL/DF, Jones Borges Leal, todas as alternativas precisam ser cuidadosamente avaliadas para que a categoria alcance os resultados almejados.

Em consulta informal aos sindicalizados presentes, ficou constatado que a maioria dos policiais de Brasília não é favorável à deflagração de uma greve. A categoria sinaliza com a realização de operação padrão e outras manifestações pontuais. Entretanto, nada está definido. Os sindicatos estaduais ainda irão se posicionar a respeito da questão e somente aí a estratégia definitiva será traçada.