Brasília – Servidores administrativos da Polícia Federal decidiram hoje (17), em assembléia, que não farão paralisações até a próxima terça-feira (24), quando devem ser recebidos para audiência no Ministério do Planejamento.

Após a audiência na semana que vem, os trabalhadores devem realizar uma assembléia em frente ao ministério. De acordo com o resultado das negociações com o governo, eles podem decidir se farão paralisações ou uma greve geral.

Os servidores administrativos da Polícia Federal, que já pararam no último dia 11, querem que o governo envie ao Congresso Nacional projeto que determina a reestruturação da carreira, a criação de vagas para a realização de concurso público e reajuste da tabela de vencimentos que os colocará em igualdade com outros órgãos do Executivo.

O projeto altera ainda a nomenclatura que passa a definir agente administrativo como técnico da Polícia Federal e servidores de nível superior como analistas da Polícia Federal. No ano passado, os servidores da Polícia Federal tiveram a promessa de que o projeto seria encaminhado ao Congresso até março deste ano.

“Os servidores querem uma providência consistente do governo antes que o órgão entre em uma situação caótica”, afirma a presidente do Sindicato Nacional dos Servidores do Plano Especial de Cargo da Polícia Federal, Hélia Cassimiro.

No último dia 11, os servidores administrativos realizaram uma paralisação de 24 horas. Eles são responsáveis por serviços como a emissão de passaportes, prorrogação de vistos, atendimento médico e psicossocial aos servidores e presos, além dos trabalhos administrativos internos da polícia.

Os servidores reclamam ainda de desvios de função e de terceirizações para serviços que deveriam ser exercidos por pessoas da carreira, como a expedição de passaportes.

Os integrantes de cargos de carreira da Polícia Federal, que são os delegados, agentes, escrivães, papiloscopistas e peritos também realizam negociações, porém separadamente dos servidores administrativos. Eles querem melhorias na carreira e aumento salarial.

Yara Aquino

Repórter da Agência Brasil