Terminou ontem (19) o prazo para que o Ministério do Planejamento apresentasse ao SINPECPF minuta do documento que contextualizará as negociações sobre a reestruturação do PECPF e que deverá ser entregue à Casa Civil. O acordo previa que o sindicato fizesse a revisão da minuta antes do encaminhamento à Casa Civil, conferindo assim autoria conjunta do documento entre a Secretaria de Relações de Trabalho e o SINPECPF.

Inicialmente, o plano era constituir Grupo de Trabalho para elaboração do documento. Entretanto, após a Polícia Federal ter se negado a participar diretamente da empreitada, o Ministério do Planejamento vem postergando a publicação da portaria que instituiria o GT.

Em contato diário com o Planejamento, a presidente Leilane Ribeiro de Oliveira cobrou da secretária adjunta de relações de trabalho, Marcela Tapajós, explicações sobre essa demora. Ontem ela revelou que a portaria não foi publicada em função de questionamentos da Direção-Geral sobre o teor do projeto, feitos após o convite do SINPECPF para que a PF participasse.

Independente da publicação da portaria, Marcela afirmou que o debate junto ao governo apresentou avanços nos últimos dias, graças a estudo sobre a possibilidade de aglutinação dos cargos do PECPF produzido pelo sindicato e entregue na última reunião.

A secretária se comprometeu a tentar antecipar a reunião com o SINPECPF prevista para o dia 1º de agosto, dizendo acreditar ser possível apresentar uma proposta concreta. Questionada se a categoria poderia interpretar como proposta uma minuta de anteprojeto da reestruturação, ela respondeu que a intenção é essa, mas não quis se comprometer. “O que eu posso garantir é que daremos uma resposta”, disse.

Resposta à altura A presidente Leilane Ribeiro de Oliveira alertou a secretária para o estado de impaciência da categoria. “Faremos uma Assembleia na próxima quinta-feira (26) e minha intenção é que deliberemos sobre uma ação de resposta caso não seja apresentado nada na próxima reunião”.

AGE – Engana-se quem pensa que o sindicato ficou de braços cruzados neste meio tempo em que o Planejamento protelou a publicação da portaria. A semana foi utilizada para elaborar uma estratégia de resposta. A intenção é mostrar que o PECPF tem força e que o governo tem muito a perder por não respeitar nossa categoria.

Essa estratégia está sendo consolidada e será apresentada em Assembleia Geral Extraordinária na próxima quinta-feira (26). É muito importante que todos compareçam, principalmente aqueles que desejavam ver ações mais firmes por parte do sindicato nas negociações. Para os que temem o corte de ponto, lembramos que a Assembleia não costuma durar mais que algumas horas. Quem souber pesar o que está em jogo perceberá que o futuro da categoria vale risco tão pequeno.