O Ministério do Planejamento mais uma vez saiu pela tangente e encerrou a reunião com as entidades representativas dos servidores realizada nessa quinta-feira (9) sem revelar as diretrizes da política salarial para o funcionalismo no atual governo. Segundo o secretário de recursos humanos Duvanier Paiva, algumas categorias ainda não tiveram reuniões específicas e o governo precisa conhecer as demandas de todos para avaliar o que pode ser feito globalmente.

As entidades presentes à reunião manifestaram preocupação com os seguidos atrasos, lembrando que o projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) precisa ser encaminhado ao Congresso Nacional em agosto. Duvanier assegurou que o Planejamento trabalha para concluir as negociações antes do fechamento da LOA, afirmando ainda que são poucas as entidades que ainda não apresentaram suas reivindicações.

Representantes das centrais sindicais argumentaram que, em paralelo às negociações específicas, o Planejamento poderia negociar uma política global de recomposição salarial, no sentido de repassar os ganhos advindos do crescimento econômico e também para proteger o funcionalismo de perdas provocadas por fatores como a inflação. Na opinião do secretário, esse debate também só será possível após o Planejamento conhecer as necessidades de cada grupo de servidores. “Só assim teremos condições de definir nosso limite de atuação”, justificou.

Reestruturação do PECPF –A presidente do SINPECPF aproveitou a reunião geral para voltar a cobrar da diretora de relações de trabalho do MPOG, Marcela Tapajós, nova data para debater a reestruturação do PECPF. De acordo com Marcela, ainda não há uma agenda definida para receber o sindicato, pois o Planejamento está concentrado em receber primeiramente as categorias que ainda não apresentaram suas demandas.

Marcela também adiantou que esteve em contato com o ministério da Justiça para conversar a respeito do processo de terceirização de atividades na Polícia Federal. Segundo a diretora, é forte a intenção do ministro da Justiça de realizar um novo concurso para a carreira administrativa. A presidente do SINPECPF ficou feliz com a informação, mas alertou sobre a necessidade de reestruturar a carreira antes de realizar o novo certame. “Promover o concurso sem reestruturar a categoria seria uma medida paliativa. Em pouco tempo a categoria ficaria novamente esvaziada”, avaliou. “É por isso que precisamos solucionar nossa demanda o quanto antes”, completou.