AGREVE DOS SERVIDORES administrativos da Polícia Federal já afeta as operações de combate ao crime, uma das marcas da instituição. O comando da greve contabiliza atraso no desfecho de operações em Pernambuco, Minas, Sergipe, Tocantins, Ceará e Paraíba. Sem a infra-estrutura fornecida pelos administrativos – que vai de passagens aéreas até a decodificação de diálogos dos grampos telefônicos- as investigações sofrem sérios transtornos. No total são 3.500 os funcionários em todo país, 1.800deles lotados na sede do Departamento de Polícia (DPF) em Brasília, onde as operações ainda estão descentralizadas. O movimento é uma das heranças deixadas ao delegado Luiz Fernando Côrrea pelo ex-titular do DPF, Paulo Lacerda. Os administrativos querem um concurso público para 3milvagas, a nacionalização das atuais nomenclaturas do órgão e um plano de reestruturação da carreira. Se não forem atendidos, podem infernizar a vida do novo diretor, que esta semana completa um mês no cargo.

A categoria também é responsável por serviços como tramitação de inquéritos, emissão de passaportes, registro de porte de arma e prorrogação de vistos. Segundo o Sindicato Nacional dos Servidores do Plano Especial de Cargos da Polícia Federal (Sinpec-PF), os trabalhadores esperam que o governo cumpra o termo de compromisso firmado pelo Executivo com todas as classes da Polícia Federal. De acordo com o sindicato, até agora apenas a carreira policial federal foi beneficiada.

– A primeira greve, em abril, foi uma advertência ao governo. Eles se comprometeram a cumprir o acordo. Suspendemos a greve. Chegamos em maio e fizemos mais uma greve, o governo veio e prometeu. Mas não fez. Agora não há mais meio termo – diz a presidente do Sinpecp PF, Hélia Cassemiro.

Coluna: Informe JB

Sérgio Pardellas

03/10/07