Categoria reivindica a reestruturação do plano especial de cargos e salários.

Sindicato promete greve por tempo indeterminado se não houver acordo com o governo.

Os servidores administrativos da Polícia Federal (PF) se reuniram nesta quinta-feira (21) com representantes do Ministério do Planejamento, mas não entraram em acordo sobre o fim das paralisações semanais de 72 horas. A categoria volta ao trabalho nesta sexta-feira (22), após protesto realizado desde terça-feira (19), mas promete uma nova greve entre terça e quinta-feira da próxima semana.

Os funcionários reivindicam a reestruturação do plano especial de cargos e salários, que significa aumento para a categoria e abertura de novas vagas. Eles querem a inclusão das propostas enviadas pelo diretor-geral da PF Paulo Lacerda em uma Medida Provisória que deverá ser editada em setembro e vai regulamentar mudanças no setor.

A presidente do Sindicato Nacional dos Servidores do Plano Especial de Cargos da PF (Sinpec), Hélia Cassemiro, disse por telefone ao G1 que durante a reunião foram discutidas apenas as partes técnicas das reivindicações. O secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva Ferreira, não compareceu.

“Falamos sobre os cargos que precisam ser criados para diminuir a terceirização e os termos do projeto a ser editado”, explicou Hélia. “A reunião foi positiva. Não há divergências profundas na área técnica, porque as nossas necessidades são claras e o pedido foi feito pelo diretor-geral da PF. Só precisamos da definição política.”

Segundo a presidente do Sinpec, a área política é mais resistente a mudanças. “Os trabalhos acontecem, mas não há garantias de que as reivindicações vão ser atendidas”, disse Hélia. Se não houver acordo após a paralisação programada para a semana que vem, os servidores ameaçam entrar em greve por tempo indeterminado.

“A greve pode ser suspensa assim que o governo firme um compromisso com a categoria. Estamos aguardando apenas um telefonema”, disse Hélia.

Entre os serviços mais prejudicados com a greve estão emissões de passaportes, registro de armas, atendimento a estrangeiros, perícia médica e protocolo de documentos.

do G1, em SãoPaulo

21/06/07