Amanhã (17), o SinpecPF se reunirá pela primeira vez com o novo diretor-geral, Rogério Galloro, desde que ele tomou posse no comando da Polícia Federal. O encontro se dará de forma conjunta com as demais entidades de classe do órgão, o que talvez impossibilite o sindicato de aprofundar o debate de alguns temas de interesse da categoria.

Apesar do caráter coletivo do encontro, o sindicato não perderá a oportunidade de questionar a direção sobre demandas específicas da classe administrativa, tais como: 1) a reestruturação da carreira; 2) a recomposição salarial; 3) o reforço do efetivo — mediante convocação do restante do cadastro reserva e a realização de novos concursos —; e 4) a continuidade de projetos da gestão passada que despertaram grande interesse entre os administrativos, entre os quais o reestabelecimento do programa de atividade física para a categoria e a instituição de regime de teletrabalho.

Entre as questões que queremos ver respondidas estão:

  • O projeto que prevê a criação de um novo cargo policial de nível médio foi definitivamente abandonado?
  • Como a nova gestão pretende negociar a reestruturação das carreiras do órgão?
  • Haverá iniciativas para viabilizar a nomeação do cadastro reserva e a realização de um novo concurso?
  • Os projetos de reestabelecimento do programa de atividade física para os administrativos e a instituição de regime de teletrabalho serão continuados?

Não faltarão argumentos para defender nossos pleitos. Citaremos o abismo salarial entre policiais e administrativos e lembraremos os malefícios do desvio de função decorrente disso. Atacaremos a absurda amplitude salarial dos cargos administrativos de nível intermediário (apenas R$ 552,66 de diferença entre o final e o início da carreira). Reiteraremos a necessidade de combater o êxodo de servidores, uma vez que a categoria corresponde hoje a apenas 19% do efetivo ativo da PF.

Todos esses problemas são bem conhecidos da categoria e todos precisam de solução urgente. Entretanto, é preciso desde já alertar a categoria que o período eleitoral impõe alguns limites, entre os quais a impossibilidade de aumento real da remuneração no período de 180 dias antes do pleito até a posse dos candidatos eleitos. Assim, pelo menos até a posse do novo governo, não há como exigir melhoria salarial acima da inflação.

“Sobra muito espaço para avançar em outras searas”, avalia o presidente Éder Fernando da Silva. “Esse deve ser o foco da categoria”.