Depois de 21 dias de recesso branco, deputados e senadores voltam ao trabalho nesta semana para três dias de esforço concentrado. No retorno, os parlamentares irão se deparar com temas espinhosos como o reajuste para os aposentados e pensionistas do INSS e o pedido de cassação do deputado José Janene (PP-PR), único envolvido no escândalo do mensalão que ainda não foi julgado.

A Corregedoria da Câmara também deve se manifestar se aceita o pedido do PPS, P-SOL e PV para investigar os deputados Nilton Capixaba (PTB-RO) e João Caldas (PL-AL), supostamente envolvidos com o esquema das sanguessugas. Os dois ocupam respectivamente a segunda e quarta secretarias da Câmara.

Os pedidos foram encaminhados pelos partidos diretamente ao Conselho de Ética, mas como não continham as assinaturas dos presidentes das três siglas, o presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), considerou que a representação tem de passar pela Corregedoria antes de seguir para o Conselho. A expectativa é que o corregedor, deputado Ciro Nogueira (PP-PI), se pronuncie na próxima semana sobre o caso.

Para garantir quórum, o líder do governo na Câmara, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), encaminhou telegramas a todos os deputados da base aliada para que estejam em Brasília de terça à quinta-feira. O deputado disse que a ordem é votar as MPs, inclusive a que trata do reajuste dos aposentados, mesmo com o risco do governo ser derrotado. Se insistir no aumento de 16,67%, a oposição pode fazer com que os aposentados percam o reajuste de 5% previsto na MP, que vence no próximo dia 10. Se não for votada até lá, o texto caduca e o reajuste fica em 3,21%.

Valor Econômico