O debate acerca da reestruturação da carreira administrativa da Polícia Federal passa, necessariamente, pelo Ministério da Justiça. Ciente disso, o SinpecPF visitou a pasta na última quinta-feira (21) para conversar com o secretário de Operações Integradas, Rosalvo Ferreira Franco, e outras autoridades. Em pauta, temas como a correção da amplitude salarial, a regulamentação das atribuições, e o interesse do sindicato em uma audiência com o ministro Sérgio Moro.

Os representantes do sindicato buscaram ser bastante objetivos na defesa dos pleitos da categoria. Além de entregar um compilado que resume os principais pedidos, eles pegaram emprestada frase do diretor de gestão de pessoal da PF, Delano Cerqueira Bunn, para deixar claro que, “para fortalecer a Polícia Federal (conforme almejado pelo próprio MJ) é preciso valorizar o servidor administrativo”.

Em relação a amplitude salarial, o SinpecPF destacou que a questão é urgente, tendo em vista a dificuldade atual do órgão em reter talentos na área administrativa. “Nosso último acordo salarial foi firmado em 2015 e muitos colegas deverão se aposentar agora em função da Reforma da Previdência. Precisamos corrigir a amplitude e realizar novos concursos, do contrário, a falta de pessoal vai comprometer a atuação do órgão”, destacou o presidente João Luis Rodrigues Nunes.

Além de Rosalvo, estavam presentes na reunião o secretário-adjunto José Washington Luiz Santos e o diretor de operações César Augusto Martinez, todos egressos da Polícia Federal. Eles mostraram preocupação com os argumentos expostos pelo sindicato e se disseram favoráveis à visão de uma carreira administrativa mais forte, nos moldes do que existe no FBI, a polícia federal norte-americana.

O sindicato também adiantou o secretário a respeito do envio iminente de proposta que uniformiza a progressão funcional da categoria em 12 meses. “Embora a questão não resolva os problemas da classe, é algo de fácil correção que corrigirá uma injustiça histórica”, explicou a secretária-geral Petra Funke.