No decorrer da semana, a Polícia Federal promoveu o Encontro Nacional dos Dirigentes de Recursos Humanos – 2012. Gestores de RH de todo o país se reuniram em Brasília para capacitação e intercâmbio de informações. O evento contou com o apoio do SINPECPF, e a presidente Leilane Ribeiro de Oliveira aproveitou a oportunidade para bater um papo com colegas administrativos vindos de todo o país na última terça (20). Em pauta, algumas das principais demandas da categoria.

Sobre a reestruturação da carreira, Leilane esclareceu que a estratégia do sindicato é fazer com que os debates se deem agora por módulos, cada um tratando de um tópico específico. Com isso, espera-se impedir que o Ministério do Planejamento retome assuntos já superados com o intuito de prolongar as discussões.

A presidente defendeu ainda a postura negocial do SINPECPF junto às demais entidades de classe do órgão e a direção da PF. Na avaliação dela, o sindicato possui hoje bom relacionamento com todas as demais categorias, fato raro dada a disputa de poder em curso na instituição. A presidente também exaltou o bom trânsito com os gestores da PF e afirmou que a Direção-Geral da PF vê no SINPECPF um aliado na busca pelo consenso entre as demais categorias.

Com relação à greve deflagrada pela categoria em agosto, Leilane confessou ter sido inicialmente contrária ao movimento, mas avaliou que o saldo final foi positivo para a categoria. "Embora nosso principal pleito não tenha sido atingido, a greve foi importante para reaproximar a categoria do sindicato e conscientizar os colegas sobre a importância de lutarmos juntos". Leilane ressaltou o destaque obtido na imprensa e avaliou que com inteligência e criatividade a categoria pode compensar o baixo efetivo para dar o que falar.

Questões pontuais – O boato sobre o fim da extensão da atividade física aos servidores administrativos também foi discutido. Leilane admitiu saber que alguns gestores são contrários à prática, mas ressaltou ter recebido a garantia expressa do Diretor-Geral, Leandro Daillo Coimbra, de que o direito não está ameaçado.

Com relação ao horário corrido, o sindicato pediu apoio dos colegas de RH para conscientizar uma minoria de colegas que faz mal uso da prerrogativa. "Quem faz horário corrido de sete horas abdica do horário de almoço durante o expediente", ressaltou Leilane, enfatizando que a maioria não pode ser prejudicada pelo comportamento de poucos.

A presidente também ressaltou que o sindicato está a disposição para conversar com os superintendentes dos estados que ainda não permitiram a adoção do horário corrido. A intenção é convencê-los sobre os benefícios da prática.

Leilane revelou ainda que o SINPECPF tem discutido com o Ministério da Justiça e o Ministério do Planejamento a mudança dos critérios de avaliação da GDATPF. A intenção é que seja abandonada a exigência de realização de cursos de capacitação para o recebimento da gratificação, ou pelo menos que os cursos sejam oferecidos pela própria administração, sendo realizados durante o horário de expediente, com conteúdo pertinente.

Ao final do encontro, os colegas parabenizaram a presidente por sua atuação no SINPECPF. Policiais que hoje atuam na área de RH se disseram positivamente impressionados com a postura do sindicato, avaliando que a categoria administrativa está hoje muito bem representada.