A presidente do SINPECPF, Leilane Ribeiro de Oliveira, reuniu-se nessa quarta-feira (15) com grupo de Agentes de Telecomunicações e Eletricidade (ATEs) para debater o processo de reestruturação da carreira e esclarecer a atual situação dos ATEs na questão. O encontro aconteceu na Coordenação de Tecnologia da Informação (CTI), durante curso de capacitação para o sistema Integrapol, que conta com a participação de ATEs de todas as regiões do país.

Desde a edição do Decreto 7.164, publicado no dia 30 de abril deste ano – colocando em extinção alguns dos cargos do PECPF –, os ATEs têm manifestado preocupação com um eventual risco de não serem contemplados no processo de reestruturação. Leilane procurou acalmar os presentes, deixando claro que o SINPECPF não admite que os cargos colocados em extinção fiquem fora do processo, e que esse posicionamento já foi expresso tanto para o Ministério do Planejamento quanto para o relator do projeto de Lei Orgânica da PF, o deputado Laerte Bessa. “O sindicato defende que a reestruturação aconteça para todos os servidores do PECPF”, enfatizou.

A presidente também ressaltou que não existe nenhum impedimento legal para que os ATEs e os demais servidores que tiveram seus cargos extintos não tenham seus cargos transformados no processo de reestruturação. “O próprio Planejamento já se manifestou dessa forma, dizendo ser possível reestruturar também esses cargos”, assegurou Leilane, revelando ainda que o diretor de gestão de pessoal, Joaquim Mesquita, tem debatido a questão junto ao Planejamento. “Segundo o DGP, o Planejamento já entendeu a importância dos ATEs e não os deixarão de fora”.

Após estes esclarecimentos, o debate passou a girar em torno das dificuldades enfrentadas pelo ATEs em seu dia-a-dia de trabalho. Houve queixas quanto ao fato de eles não disporem de armas durante operações policiais. “Somos os primeiros a chegar à linha de frente, e os últimos a sair. Estamos expostos a um grande risco, por isso o Departamento deveria nos fornecer meios para nos protegermos nessas situações”, argumentaram. Além disso, os servidores também questionaram a proibição do uso de roupa operacional. “Não queremos ser policiais, mas não queremos ser vistos como alvos fáceis durante as missões”, afirmaram.

Leilane se comprometeu a debater a questão do uniforme junto à direção geral, e lembrou ainda que o porte de arma funcional é uma das reivindicações do sindicato presentes no projeto de Lei Orgânica da Polícia Federal, e que a demanda não encontra resistência entre as demais entidades de classe. “Estamos lutando para que não haja mais tratamento diferenciado entre os servidores, e estamos avançando aos poucos nessa questão. Acredito que as demandas referentes ao traje e ao porte de arma estejam entre as próximas conquistas”, pontuou.