O Primeiro Comando da Capital (PCC) está usando uma nova arma contra as autoridades de São Paulo: a clonagem de carros de empresas públicas. O objetivo é usar o automóvel disfarçado para vigiar casas de policiais e instalações da área de segurança. Um desses clones, segundo alerta feito nas delegacias pelo Departamento de Investigações Sobre o Crime Organizado (Deic), é um Renault Traffic copiado como veículo da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT). O carro está sendo procurado pela polícia. Até a placa do modelo é igual à de um carro dos Correios que circula legalmente.

A estratégia da clonagem permite aos criminosos descobrirem toda a rotina de possíveis alvos, além de monitorar a movimentação de quartéis e bases comunitárias da Polícia Militar.

Bandidos ligados ao PCC vêm atacando policiais desde maio. Já mataram oito pessoas, todas em frente ou nas proximidades de suas residências, Houve ainda outros crimes ocorridos no trajeto das vítimas de casa para o trabalho. Os mortos foram agentes penitenciários, PMs e parentes de trabalhadores da segurança pública.

Segundo registros, a primeira pessoa morta na porta de casa foi Renato Rufino dos Santos, de 27 anos. Em 15 de maio, ele foi baleado em frente ao seu portão. Era filho de um policial civil. Outra vítima foi o segundo-tenente aposentado Neuton dos Santos Ramos, 57 anos.

  O Dia