O delegado federal Anderson Torres foi escolhido novo ministro da Justiça e Segurança Pública do Governo Bolsonaro. Ele substituirá André Mendonça, que retorna ao posto de Advogado-Geral da União após mini-reforma ministerial promovida pelo Planalto na última segunda-feira (29).

Torres tem experiência em ciência policial, investigação criminal e inteligência estratégica. Coordenou as principais investigações voltadas ao combate ao crime organizado na Superintendência da PF em Roraima, entre 2003 e 2005. Entre 2007 e 2008, coordenou toda a atividade de inteligência da Polícia Federal na repressão a organizações criminosas de tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro.

Teve sob sua responsabilidade a administração da parte técnica e logística da Diretoria de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal e suas congêneres regionais entre 2008 e 2011. Participou também, até 2011, de investigações internacionais em conjunto com os adidos policiais de outros países, radicados no Brasil.

Para assumir o comando do MJSP, Torres deixou o cargo de secretário de Segurança do Distrito Federal, que ocupava desde 2019. Por contar com o apoio dos filhos do presidente, o novo ministro já havia tido o nome cotado para cargos no governo em outras ocasiões.

Torres conhece pleitos do PECPF — No comando do MJSP, Torres não poderá dizer desconhecer as demandas da do PECPF. Além de ser delegado federal de carreira, o novo ministro exerceu a chefia de gabinete do então deputado federal Fernando Francischini à época em que ele ocupou a vice-presidência da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados.

Naquele período, o SinpecPF teve inúmeras reuniões com Francischini para discutir questões como a reestruturação da carreira administrativa, a necessidade de valorização salarial da classe e o combate à terceirização na PF. Torres participou de boa parte desses encontros, atuando ainda como interlocutor de Francischini em tantos outros. O novo ministro está, portanto, a par das bandeiras empunhadas pelo sindicato.

Foto: Agência Brasília