O clima de paz entre o governo e a Central Única dos Trabalhadores está com os dias contados. A entidade, que no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve participação ativa nas discussões sobre os reajustes do salário mínimo e adotou o discurso oficial pela correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), agora se prepara para colocar obstáculos à proposta governamental para a Lei de Greve.

Antes mesmo de o governo apresentar sua proposta de regulamentação do direito de greve, a CUT e os sindicatos ligados aos servidores públicos já preparam uma grande ofensiva contra a mudança.

O governo pode ter cometido um erro estratégico em relação à nova Lei de Greve ao chamar para conversar, na semana passada, os secretários de Trabalho dos Estados. Eles apóiam a mudança na lei, mas os sindicalistas dizem que quem deve discutir o assunto são os sindicatos.

– Quem discute as questões dos trabalhadores são os trabalhadores – disse Cícero Rôla.

Jornal do Brasil

13/3/2007