O secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, recebeu ontem (29), no Palácio do Planalto, comitiva de servidores que pedem a retomada do processo de negociação com o Governo Federal. Os servidores também entregaram carta endereçada à presidente Dilma Roussef destacando a necessidade de avanços nos eixos comuns da Campanha Salarial Unificada 2014.

O SINPECPF integrava a comitiva e pôde conversar rapidamente com o ministro sobre a situação dos servidores administrativos da PF. A presidente Leilane Ribeiro entregou a Carvalho cópia do caderno que esclarece o que é a reestruturação da carreira administrativa e aponta por que ela é tão necessária para a PF.

Leilane também explicou que a categoria deseja avançar nas negociações sobre a modernização das atribuições, demanda que segue parada no Ministério do Planejamento. “O Planejamento colocou a questão como ponto central da negociação pela reestruturação de nossa carreira. Queremos uma resposta concreta sobre isso”, destacou.

Carvalho ressaltou não poder “atravessar” as competências do Planejamento, passando assim a negociar diretamente com os servidores, mas se comprometeu a buscar interlocução com a ministra Miriam Belchior, auxiliando assim na abertura de canal efetivo de negociações. Ele também se comprometeu a receber o SINPECPF para conversar especificamente sobre a situação da categoria administrativa da PF.

O ministro também reiterou a posição do governo de não negociar demandas que gerem impacto financeiro, algo “completamente fora de cogitação” segundo Carvalho. Tais pontos só voltariam a ser negociados em 2015.

Diante da colocação, a comitiva destacou que diversos pleitos do funcionalismo não implicam impacto no orçamento, citando como exemplo a regulamentação da negociação coletiva no serviço público e o reajuste dos benefícios — que não estão atrelados ao orçamento, podendo ser revisados a qualquer tempo. “São temas com espaço para avanço imediato”, destacaram os representantes de classe.

Indenização de fronteira — Outro ponto abordado pela comitiva foi a demora na regulamentação da indenização de fronteira. A lei que instituiu o benefício está prestes a completar um ano e até agora não houve definição das localidades que serão beneficiadas. “Essa situação precisa ser solucionada, pois o que seria algo bom para os servidores está se tornando uma dor de cabeça”, pontuou a presidente do SINPECPF.

Também integravam a comitiva a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), a Federação de Sindicatos de Trabalhadores em Educação das Universidades Brasileiras (Fasubra), o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) e a Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e do Ministério Público da União (Fenajufe).

Com imagens e informações da Condsef.