“Nem todos os que tentaram conseguiram, mas todos os que conseguiram tentaram”. A frase, repetida como mantra pelo Prof. Osmar Coutinho em palestra proferida durante o V Encontro Nacional de Representantes do SINPECPF, certamente mexeu com os brios de todos os presentes. Se alguém tinha dúvidas sobre a importância do trabalho desenvolvido pelo sindicato, elas cessaram ali. Não há opções: para que a reestruturação aconteça, é lutar ou lutar.

A partir do momento em que a mensagem ficou clara na mente de cada um dos presentes, também ficou nítida a responsabilidade que cada representante possui nessa batalha. A categoria precisa de exemplos de perseverança para jamais se dar por vencida, papel que cabe aos diretores e representantes estaduais. “A dose de motivação diária que a categoria precisa deve partir de cada um de vocês”, deixou claro o palestrante.

Entretanto, isso não significa que a categoria em si não tenha responsabilidades. Segundo o próprio Coutinho esclarece, só é possível ajudar as pessoas que desejam ser ajudadas. “Vocês assumiram a linha de frente porque estão conscientes do que querem: uma carreira melhor estruturada e uma remuneração mais digna. Quem deseja o mesmo que vocês está disposto a lutar. Só quem está satisfeito fica de braços cruzados”, alertou.

Conversa com o presidente da CUT-DF

Ainda na tarde de terça-feira, os representantes puderam conversar com o presidente da Central única dos Trabalhadores do Distrito Federal (CUT-DF), José Eudes, que compartilhou com todos sua visão sobre o papel de um sindicato e sobre como devem ser conduzidas as negociações junto aos governantes. 

Segundo Eudes, um sindicato deve ser pautado pela independência, tanto política quanto institucional, o que não significa que uma liderança sindical não possa se envolver com política. “As posições é que devem ser separadas”, analisa. Para Eudes, um sindicato deve lutar pelo interesse de sua categoria, independentemente de quem esteja no poder. “O sindicato até pode se envolver na política, apoiando lideranças, mas sem criar amarras que comprometam a independência.”

Ainda na avaliação do presidente da CUT, um sindicato precisa possuir autoridade, algo que deve começar na base, pois somente assim é possível debater em posição de igualdade com seus interlocutores. “Os filiados precisam respeitar seu sindicato para que o governo também o respeite”, analisou.