A Polícia Federal do Acre prendeu cinco integrantes de uma quadrilha internacional especializada em trazer ilegalmente para o Brasil trabalhadores chineses.

O destino final da quadrilha era o Estado de São Paulo, onde, segundo a PF, os chineses seriam submetidos a condições de trabalhado análogas à escravidão.

Segundo as investigações da Polícia Federal, os trabalhadores saíam da China de navio até Lima, no Peru. De lá, seguiam até a fronteira com o Brasil. Os chineses entravam no país através da ponte internacional que liga os municípios de Iñapari, no Peru, e Assis Brasil (345 km de Rio Branco) com documentos bolivianos falsos. Já no Brasil, seguiam de avião até São Paulo. A PF ainda não identificou onde a mão-de-obra chinesa era empregada em São Paulo.

Na madrugada de sábado, a PF interceptou na BR-317, próximo à fronteira com o Peru, 20 chineses que estavam em um comboio de cinco táxis. Eles estavam sem documentos e sem dinheiro.

Três bolivianas que acompanhavam os chineses e que, segundo a PF fazem parte da quadrilha, foram presas.

A PF prendeu também, no município de Epitaciolância (234 km de Rio Branco), um chinês e uma paraguaia, que seriam os líderes da quadrilha. Foram encontrados com eles, dentro do fundo falso de uma mala, documentos de identidades bolivianos falsos para os 20 chineses.

Estes documentos seriam apresentados pelos chineses no posto de fiscalização da PF, em Epitaciolância, localizado a cerca de 110 quilômetros da fronteira com o Peru. O comboio, no entanto, foi interceptado antes da fiscalização.

Segundo informações da PF, a rota de migração é recente e já vinha sendo investigada. A ponte internacional entre Peru e Brasil foi inaugurada em janeiro deste ano.

Os cinco suspeitos estão presos em Rio Branco e os 20 chineses já foram repatriados.

da Agência Folha