Com a validade do último concurso para a categoria administrativa se aproximando do fim (o certame é válido até 2 de junho de 2018), cresce a preocupação em relação à nomeação dos aprovados que integram o cadastro reserva. Em busca de esclarecimentos sobre o tema, o sindicato conversou na tarde desta segunda-feira (4) com o Chefe da Divisão de Administração de Recursos Humanos, o delegado Antônio Carlos Moriel Sanchez.

O encontro foi acompanhado por integrantes do cadastro reserva de Brasília, já quase esgotado por conta de nomeações para substituir aprovados que já deixaram o órgão. Na avaliação do chefe da DRH, o cenário mais provável é que todos os integrantes do cadastro reserva do DF sejam chamados no período de vigência do concurso, especialmente porque a Polícia Federal reiterou solicitação para nomear candidatos fora das vagas inicialmente ofertadas.

“O Ministério do Planejamento já acatou essa solicitação em 2016”, lembra Moriel. “Contudo, por força das limitações impostas na referida autorização, não pudemos preencher todas as 204 vagas”. Ele se refere à imposição do Planejamento de que os nomeados deveriam substituir terceirizados ou funcionários da Infraero que atuassem no serviço de controle imigratório. Por conta dessa condição, apenas 157 vagas foram preenchidas. Para não deixar de ocupar as vagas, no novo pedido a PF solicitou a suavização dessa regra.

Embora a PF já tenha solicitado urgência para o pedido, a última movimentação do Planejamento ocorreu em junho. “Estamos buscando contato com o Ministério da Justiça para acelerar a tramitação”, garantiu Moriel.

Contadas as vagas autorizadas além daquelas previstas no edital, o último concurso para o PECPF preencheu 723 postos de trabalho. Contudo, por conta das desistências e vacâncias, 1096 aprovados já foram nomeados. O número revela desistências de quase 50% do total de nomeados, dado que reforça a necessidade de reestruturação da carreira para fixação do efetivo.

Novo concurso — Em primeira mão, Moriel revelou ao sindicato que a PF solicitou, no início deste mês, a abertura de novo concurso para preenchimento de 176 vagas de agente administrativo. A intenção é direcionar todo esse contingente para Aeroporto Internacional de Guarulhos para atuação no controle migratório, em substituição aos funcionários da Infraero, que deixarão a PF em definitivo em abril de 2018.

O plano da PF é que o certame seja realizado no primeiro semestre de 2018, com as nomeações ocorrendo após o término da validade do concurso atual. Contudo, ainda não há nenhuma manifestação positiva do governo em relação à questão.