O Dia 8 de março foi consagrado pela ONU em 1945, como dia Internacional da Mulher.Trata-se de uma homenagem às operarias têxtis norte-americanas que em 1857 organizaram a primeira greve da história, conduzida unicamente por mulheres.

Sua principal reinvidicação: a redução da jornada de trabalho de 16 para 10 horas.

E partiram para a luta, tendo sido duramente reprimidas pela cavalaria da polícia.Para se proteger, muitas delas fugiram para dentro da fábrica. Os portões foram trancados por fora e a policia ateou fogo no prédio por determinação dos patrões causando a morte de 129 mulheres,carbonizadas ou por asfixia.

Clara Zetkin, uma ativista do movimento feminista alemão propôs, na Primeira Conferencia Internacional de Mulheres, realizada em Copenhagen, que o dia 8 de março fosse consagrado como o  Dia Internacional da Mulher.

Em todo o mundo, as mulheres são lembradas, neste dia, de forma especial, porém a maior parte das comemorações não interferem, de fato, na dura realidade dessas mulheres.

Vejamos alguns exemplos aqui no Brasil. As mulheres constituem, hoje, 30% dos chefes de familia,  mas ganham, em média apenas 65% do valor dos salários dos homens.A situação das mulheres negras é ainda mais grave, pois chegam a receber salários que representam a metade do valor recebido pelas mulheres brancas.

Além dessas condições a que estão submetidas, muitas mulheres enfrentam a dupla jornada de trabalho, porquanto assumem, além do emprego fora de casa, a responsabilidade integral pelas tarefas domésticas e o cuidado aos filhos.

Ocorrem 4 milhões de abortos por ano, dos quais 10% das mulheres que o fazem,morrem em conseqüência das precárias condições nas quais os mesmos são realizados.

A cada 4 minutos uma mulher é vitima de algum tipo de agressão em distintas classes sociais.São fatos como esses que fazem desse dia um dia de luta, para que a diferença biológica que destingüe um homem de uma mulher não seja justificativa para a intolerância, a opressão, a desigualdade de direitos e diferentes formas de violência a que as mulheres são submetidas.

 

Mensagem pelo Dia Internacional da Mulher

Elena Bini

Mulher,que finitude envolve teu ser mulher?

teu fazer,

tua mística,

tua verdade,

Que sonho possível sonhas?

Que canção queres entoar?

Com que maestria e

sensibilidade assumes a dor,

                          a incerteza,

                          o amor?

Que novo e peculiar caminho inventas?

Em que tempo vives?

Que espaços rompes?

Que filhos geras?

Que história escreves? Mulher,

teu jeito de ver e ler o mundo

convoca, incendeia,

enriquece e revela tua fala,

                         tua consciência,

                         tua visão,

                         tua auto-crítica,

                         teus gestos,

                         teu olhar! Mulher,

tua linguagem é afetiva e efetiva.

Na multidão de vozes que exprimem nossa vida, destaca-se a tua que ecoa precisa,

                            forte,

                            amiga,

                            grande,

                            comunicativa,

                            sábia,

                            empreendedora,

                            educadora!

 Mulher,

do Eu,

do Tu,

do Nós plenos de unidade,

de ternura e vigor,

de justiça e de paz,

que tem por limite,

o infinito…

 Mulher,

anúncio, aura de um

tempo novo,

de um amanhã por vir.

Solidária…

Geradora de vida,

de mistério e graça,

Construtora de uma nova utopia,

de um sonho novo.

 Mulher,

Casa do aconchego,

do sim e do não

do abraço e da ternura,

da escuta e da profecia

da coragem e da ousadia.

Sacrifica-se…

Sente-se próxima,

           presente,

           mediadora,

           humana,

          Mulher,

 

Parabéns pelo seu dia.

Equipe do SINPECPF.